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O Hezbollah confirmou neste sábado (28) a morte de seu líder, Hassan Nasrallah, após Israel afirmar que matou o libanês de 64 anos em um ataque aéreo em Beirute nesta sexta-feira (27).
Nasrallah era uma das figuras mais conhecidas e influentes do Oriente Médio, mas não era visto em público há alguns anos exatamente por causa do temor de ser assassinado por Israel.
Ele foi fundamental na evolução do Hezbollah, que passou de uma milícia fundada para combater as tropas israelenses que ocupavam o Líbano para se tornar uma força militar mais poderosa até que o próprio exército libanês.
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Nascido em 1960, Hassan Nasrallah cresceu em Beirute, onde seu pai tinha uma mercearia. Ele era o mais velho de nove irmãos.
Após a guerra civil no Líbano, em 1975, ele se filiou à milícia xiita Amal. Ao lado de outras milícias xiitas, o grupo daria origem ao Hezbollah.
Em 1985, o Hezbollah anunciou oficialmente sua fundação, declarando que os EUA e a União Soviética eram os principais inimigos do Islã, além de pedir a “aniquilação” de Israel.
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Após servir como combatente, Nasrallah tornou-se diretor do grupo na cidade de Balbeque, depois em toda a região do Vale do Beqaa, até retornar a Beirute.
Ele se tornou líder do Hezbollah em 1992, aos 32 anos, após seu antecessor ser assassinado em um ataque israelense.
Para responder à morte de seu ex-chefe, Nasrallah ordenou uma série de ataques contra Israel, incluindo o atentado que matou 29 pessoas na embaixada israelense em Buenos Aires, em 1994.
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Nasrallah também foi o comandante do conflito com Israel que resultou na retirada do exército israelense do sul do Líbano em 2000. Naquele ano, ele disse que o Hezbollah havia alcançado a primeira vitória árabe contra Israel, mas prometeu que o grupo não iria se desarmar.
Em 2006, começou um novo conflito entre Israel e o Hezbollah. 1.100 libaneses morreram durante o conflito de 34 dias, além de 119 soldados israelenses. A casa e os escritórios de Nasrallah foram alvos de aviões de guerra israelenses, mas ele sobreviveu.
Em 2009, Nasrallah publicou um manifesto destacando a “visão política” do Hezbollah: “As pessoas evoluem. O Líbano mudou. A ordem mundial mudou”.
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Em 8 de outubro de 2023, um dia após o ataque do Hamas a Israel, os combates entre o Hezbollah e Israel se intensificaram.
Há duas semanas, em uma de suas últimas manifestações públicas, Nasrallah culpou Israel pelas explosões de milhares de pagers e rádios usados por membros do Hezbollah, dizendo que os israelenses cruzaram “todas as linhas vermelhas”.
Nos últimos dias, Israel aumentou ainda mais os ataques ao Hezbollah, com bombardeios que já mataram quase 800 pessoas no Líbano. Desta vez, Hassan Nasrallah não escapou.