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Conforme antecipado pelas pesquisas de boca de urna, o Partido Trabalhista teve uma vitória esmagadora nas eleições parlamentares do Reino Unido realizadas na quinta-feira (4). Com isso, Keir Starmer provavelmente será o próximo primeiro-ministro britânico.
Com os trabalhistas conquistando a maioria de assentos na Câmara dos Comuns, Starmer deverá ser o substituto de Rishi Sunak, que é do Partido Conservador e assumiu o cargo de premiê britânico há menos de dois anos.
Keir Starmer, um advogado especializado em direitos humanos de 61 anos, liderou a retomada do Partido Trabalhista após sofrer a pior derrota eleitoral desde os anos 1930. ELe colocou o partido de volta ao centro político, aproveitando as falhas de três primeiros-ministros conservadores.
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Starmer cresceu em uma família de classe média de esquerda em Surrey, nos arredores de Londres. Seu nome é uma homenagem a Keir Hardie, sindicalista escocês que foi o primeiro líder do Partido Trabalhista. A relação com o pai era distante e sua mãe enfermeira sofria de uma doença que a fazia passar longos períodos internada.
O político foi o primeiro integrante de sua família a entrar na universidade, estudando primeiro na Universidade de Leeds e depois em Oxford. Após a formatura em Direito, ele ficou famoso após defender manifestantes acusados de difamação pelo McDonald’s. Anos depois, se tornou o procurador-chefe da Grã-Bretanha e recebeu com o título de cavaleiro.
Eleito para o Parlamento em 2015, Starmer sucedeu a Jeremy Corbyn na liderança trabalhista em 2020. A ideia era recolocar o partido no centro, após anos em que o partido ficou inclinado para a esquerda do espectro político. O então novo líder trabalhista desistiu de nacionalizar as empresas de energia britânicas e prometeu não aumentar os impostos das famílias trabalhadoras. Além disso, se comprometeu a apoiar as Forças Armadas britânicas, tirando a pecha de “antipatriotas” do partido.
