Pressão diplomática impediu que Israel atacasse o Irã com mais força, diz NYT

Após Irã atacar território israelense com dezenas de drones e mísseis no dia 13, intenção de Israel era retaliar com força; EUA, Reino Unido e Alemanha, no entanto, pediram que se evitasse uma escalada da guerra

Roberto de Lira

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Israel tinha planos de realizar um contra-ataque muito mais extenso contra o Irã, mas o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu foi convencido pelos Estados Unidos e por outros aliados estrangeiros a evitar o risco de uma guerra mais ampla, diz reportagem do jornal The New York Times nesta segunda-feira, citando autoridades israelenses e ocidentais.

Em vez de seguir com seu plano original de enviar caças para o espaço aéreo iraniano e realizar vários ataques contra alvos militares, alguns nas proximidades da capital Teerã, Israel optou por disparar um pequeno número de mísseis e enviar drones de ataque, conhecidos como quadricópteros, para confundir as defesas aéreas iranianas.

O ataque israelense foi uma resposta ao disparo de dezenas de drones pelo Irã no último dia 13 de abril, que não causou danos significativos.

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Esse efeito reduzido teria sido uma das justificativas que o presidente americano Joe Biden e os Ministro de Relações Exteriores britânico e alemão usaram para convencer Netanyahu a escolher uma resposta mais limitada na última sexta-feira.

A avaliação era que um ataque amplo teria sido muito mais difícil para o Irã ignorar, aumentando as chances de um contra-ataque vigoroso que poderia ter levado o Oriente Médio à beira de um grande conflito regional.

Ainda assim, na visão de autoridades israelenses, o ataque mostrou ao Irã a amplitude e a sofisticação do arsenal militar de Israel.

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Instalações militares no Irã foram atacadas por esses drones várias vezes nos últimos anos, e em várias ocasiões o Irã disse que não sabia a quem os drones pertenciam – uma alegação interpretada como relutância iraniana em responder.