Presidente do Equador diz que país está em guerra e que criminosos são alvos militares

Daniel Noboa disse ainda que juízes e procuradores que ajudarem os líderes dos grupos serão considerados como parte da rede de terrorismo

Roberto de Lira

Daniel Noboa, presidente do Equador
Daniel Noboa, presidente do Equador

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O presidente do Equador, Daniel Noboa declarou hoje que o país se encontra em o estado de guerra contra os bandos de criminosos responsáveis pela mais nova onda de violência, que matou ao menos 12 pessoas. Segundo ele, isso significa que os grupos identificados como terroristas serão considerados alvos militares tanto pelas Forças Armadas como pela Polícia Nacional.

Em entrevista à rádio Canela nesta quarta-feira (10) Noboa afirmou que o combate às organizações criminosas é mais amplo e que até mesmo juízes e procuradores que confirmadamente ajudarem os líderes desses grupos serão considerados como parte da rede de terrorismo.

Esse tipo de ação já começou, após o plenário do Conselho Judiciário ter decidido pela suspensão de um juiz de garantias de Guayaquil que ordenou a transferência do narcotraficante Adolfo Macías, o “Fito” para uma penitenciária regional.

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O criminoso, que lidera a gangue Los Choneros, fugiu, supostamente após um vazamento de informações sobre sua transferência de volta ao presídio de alta segurança.

O Equador está desde segunda-feira sob um “regime de exceção” e ontem o presidente decretou a situação de “conflito armado interno” no país. “Acabaram os momentos de governos tíbios”, declarou.

As medidas receberam o apoio da Assembleia Nacional por meio de um comunicado geral e a aprovação formal está sendo votada nesta quarta-feira. O comunicado expressou total apoio às Formas Armadas e à Polícia Nacional para a aplicação das leis e da Constituição do país.

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Isso inclui a adoção de indultos e anistias nos casos que sejam necessários para garantir o trabalho destas entidades de segurança, diz o texto.

Noboa também afirmou que, nesta semana, começarão as deportações de cerca de 1,5 mil cidadãos estrangeiros que atualmente cumprem penas nas penitenciárias do Equador. O processo deve começar com detentos da Colômbia, Venezuela e Peru, por ser tratarem de países mais próximos.

Embora todo o aparato de segurança tenha sido fortalecido desde ontem, dois atentados foram informados hoje em Quito. Um veículo estacionado perto de um posto de combustíveis foi incendiado por pessoas que estavam numa motocicleta e uma bomba uma bomba foi detonada no teto de uma passarela sobre uma avenida. Ninguém ficou ferido nos dois casos.

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