Presidente do Chile pede respeito “irrestrito” a resultados eleitorais na Venezuela

O líder esquerdista, que já teve diferenças públicas com o presidente socialista venezuelano, Nicolás Maduro, também disse em entrevista a correspondentes estrangeiros que os líderes e candidatos eleitorais recebem "banhos de votos", que devem ser respeitados "em todos os casos"

Reuters

Presidente chileno, Gabriel Boric, ao lado da ministra da Defesa, Maya Fernández, durante reunião no palácio presidencial La Moneda 18/07/2024 Marcelo Segura/Presidência do Chile/Divulgação via REUTERS
Presidente chileno, Gabriel Boric, ao lado da ministra da Defesa, Maya Fernández, durante reunião no palácio presidencial La Moneda 18/07/2024 Marcelo Segura/Presidência do Chile/Divulgação via REUTERS

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O presidente do Chile, Gabriel Boric, pediu ainda ao governo e às autoridades eleitorais da Venezuela que garantam o andamento normal das eleições de domingo, bem como o respeito “irrestrito” aos resultados.
O líder esquerdista, que já teve diferenças públicas com o presidente socialista venezuelano, Nicolás Maduro, também disse em entrevista a correspondentes estrangeiros que os líderes e candidatos eleitorais recebem “banhos de votos”, que devem ser respeitados “em todos os casos”.
“Às vésperas desta importante eleição, faço um apelo ao governo e ao poder eleitoral venezuelano para que garantam o desenvolvimento normal do processo eleitoral, com garantias especiais para a oposição, concedendo respeito irrestrito aos resultados que forem devidamente credenciados”, disse Boric.

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Boric, que disse que não cabe ao Chile se pronunciar sobre a política interna de outros países, afirmou, no entanto, que pode exigir de sua posição no cenário internacional que as garantias eleitorais sejam respeitadas e que eleições transparentes e competitivas sejam asseguradas.
“Se esse não for o caso, a Venezuela estaria obviamente em uma posição totalmente desacreditada na comunidade internacional”, enfatizou.
Boric disse que, se os resultados de domingo não forem respeitados, o Chile divulgará sua condenação em fóruns multilaterais, mas não disse que medidas concretas poderia tomar.
O líder chileno também disse que estava alinhado com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que esta semana afirmou ter ficado assustado com as declarações de Maduro sobre um “banho de sangue” na Venezuela se ele perdesse as eleições.
“Aqui não se pode ameaçar com um banho de sangue, mas o que os líderes e candidatos recebem são banhos de votos que representam a soberania do povo e devem ser respeitados em todos os casos”, disse Boric.