Presidente da Câmara vai ao julgamento de Trump e diz que caso é “uma farsa”

Mike Johnson se juntou hoje a várias personalidades republicanas na defesa de Donald Trump, que está sendo julgado em Nova York; ele afirmou que os promotores tentam manter ex-presidente fora da campanha

Roberto de Lira

O presidente da Câmara dos EUA, Mike Johnson - 16/04/2024 (Foto: Michael A. McCoy/Reuters)
O presidente da Câmara dos EUA, Mike Johnson - 16/04/2024 (Foto: Michael A. McCoy/Reuters)

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O presidente da Câmara dos Representantes, Mike Johnson, se juntou hoje a várias personalidades no campo republicano na defesa do ex-presidente Donald Trump, que está sendo julgado em Nova York por uma acusação de fraude envolvendo um pagamento pelo silêncio da ex-atriz pornô Stormy Daniels, com quem o antigo ocupante da Casa Branca teria se envolvido.

Johnson compareceu nesta terça-feira (14) ao tribunal de Manhattan e discursou dizendo que o que está acontecendo é “uma farsa de justiça”, informam os sites especializados Politico e The Hill. No momento em que o presidente da Câmara falava com jornalistas, os jurados ouviam o depoimento de Michael Cohen, o ex-assessor de Trump que virou testemunha do Estado.

Cohen contou aos jurados sobre a disputa pelo controle de danos em 2018, quando surgiu a notícia de um pagamento de US$ 130 mil a Daniels, que disse ter tido relações sexuais com um Trump casado anos antes.

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Nesta terça-feira, Johnson se referiu a Trump como “um amigo” e não respondeu às perguntas dos repórteres. Ele disse que decidiu se juntar ao ex-presidente depois de telefonar para expressar seu apoio.

Outros republicanos que buscam permanecer nas boas graças de Trump – talvez com uma indicação para vice na sua chapa presidencial visando as eleições de novembro – também estiveram no tribunal. Na semana passada, foi o senador Rick Scott, da Flórida, seguido pelo senador Tommy Tuberville, do Alabama, na segunda-feira. O senador J.D. Vance, de Ohio, também compareceu.

Hoje, além de Johnson, foi a vez dos ex-rivais de Trump nas primárias presidenciais, o governador de Dakota do Norte, Doug Burgum, e o empresário de biotecnologia Vivek Ramaswamy. Ele também foi ladeado nesta semana por vários congressistas republicanos, bem como procuradores-gerais de Iowa e Alabama.

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Teste de lealdade

Segundo os sites, para Johnson, defender Trump durante seu julgamento criminal é um teste de lealdade quase obrigatório antes de um potencial segundo mandato na Casa Branca. O ex-presidente tem liderado pesquisas eleitorais em estados considerados cruciais para a vitória.

Segundo o The Hill, o presidente da Câmara visitou a casa de Trump em Mar-a-Lago no mês passado, enquanto enfrentava uma possível expulsão liderada por uma aliada de Trump, a deputada Marjorie Taylor Greene, que estava irritada com a abertura de Johnson à ajuda à Ucrânia. Lá, Trump jogou uma tábua de salvação para Johnson, endossando seu desempenho.

Hoje, Johnson – que apareceu ao lado de Trump no corredor do tribunal antes de sua declaração do lado de fora – criticou o caso contra o ex-presidente como “interferência eleitoral”, argumentando que os promotores estão tentando mantê-lo fora da campanha em meio à sua corrida contra o presidente Biden.

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“Esta é a quinta semana que o presidente Trump está no tribunal para essa farsa de um julgamento. Eles estão fazendo isso intencionalmente para mantê-lo aqui e mantê-lo fora da campanha”, disse Johnson. “E acho que todos no país podem ver isso pelo que é. O presidente Trump é inocente dessas acusações”, completou.

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