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Roma (Reuters) – O partido conservador Irmãos da Itália, da primeira-ministra Giorgia Meloni, obteve o maior número de votos na eleição italiana para o Parlamento Europeu no fim de semana, reforçando a posição da premiê no país e no exterior.
Com quase todas as cédulas contadas, o Irmãos da Itália obtinha 28,8% dos votos, mais de quatro vezes o que conquistou na última eleição da União Europeia em 2019, e superando os 26% que garantiu no pleito nacional de 2022, quando chegou ao poder.
“Estou orgulhosa de que a Itália se apresentará ao G7, à Europa, com o governo mais forte de todos. Isso é algo que não aconteceu no passado, mas está acontecendo hoje, é uma satisfação e também uma grande responsabilidade”, disse Meloni nesta segunda-feira (10), na sede do partido.
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O Partido Democrático, de centro-esquerda e de oposição, ficou em segundo lugar, com 24% dos votos, enquanto outro grupo de oposição, o Movimento 5 Estrelas, ficou em terceiro, com 9,9% – seu pior resultado em nível nacional desde sua criação em 2009.
A votação indicou que a coalizão governista de Meloni, formada por partidos que vão da centro-direita à extrema-direita do espectro político, viu seu apoio subir para mais de 47%, de pouco menos de 43% em 2022.
“Os resultados não foram dados de forma alguma, é uma conquista retumbante e mostra que todos os partidos da maioria conseguiram crescer juntos”, disse Meloni na rádio RTL 102.5.
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“É um estímulo para que (o governo) siga em frente. Os italianos estão nos dando uma mensagem alta e clara para prosseguirmos com nosso trabalho… e, se possível, com maior determinação.”
O Força Itália, fundado pelo falecido Silvio Berlusconi, ficou em quarto lugar, com 9,7% dos votos, superando a Liga, que teve 9,1%, uma decepção para o líder Matteo Salvini, que tem puxado o partido cada vez mais para a direita.
Discurso moderado
O partido de Meloni tem suas raízes em um grupo neofascista e sua vitória em 2022 deu o tom para os ganhos da extrema-direita em toda a Europa, inclusive na última votação da UE, que viu o continente se inclinar mais para a direita.
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No entanto, Meloni tem moderado sua imagem no cenário internacional, abandonando sua retórica anti-UE anterior e se apresentando como uma ponte entre a corrente de centro-direita e seu próprio campo conservador nacional, que anteriormente era evitado.
Seu forte desempenho no domingo contrastou fortemente com os reveses sofridos pelo presidente francês Emmanuel Macron e pelo chanceler alemão Olaf Scholz, cujos partidos foram derrotados.
“O que precisamos é de uma Europa que ouça os cidadãos, que olhe mais para a centro-direita e tenha políticas mais pragmáticas e menos ideológicas”, disse Meloni, acrescentando que, dados os resultados, a Itália terá necessariamente um papel fundamental no bloco.