Premiê da Hungria visitará Trump na Flórida após Cúpula da Otan

Visita aumenta preocupações de que o líder húngaro esteja atuando como intermediário entre Putin e Trump

Bloomberg

Viktor Orban em Washington, DC, em 9 de julho (Bredan Smialowski/AFP/Getty Images)
Viktor Orban em Washington, DC, em 9 de julho (Bredan Smialowski/AFP/Getty Images)

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O primeiro-ministro húngaro, Viktor Orban, visitará o ex-presidente Donald Trump na Flórida após a Cúpula da Otan. De acordo com pessoas familiarizadas com o assunto, o encontro ocorrerá nesta quinta-feira (11), menos de uma semana após Orban se encontrar com o presidente russo, Vladimir Putin, em Moscou.

A visita provavelmente aumentará as preocupações de que o líder húngaro esteja atuando como intermediário entre Putin e Trump.

Durante o primeiro mandato do presidente dos EUA, Trump e Putin demonstraram simpatia um pelo outro, o que frequentemente gerou críticas bipartidárias. Mais recentemente, o líder republicano afirmou acreditar que poderia convencer Putin a encerrar a guerra na Ucrânia e libertar os americanos detidos na Rússia se fosse reeleito para um segundo mandato.

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Orban viajará para o resort Mar-a-Lago de Trump após a conclusão da cúpula da Otan em Washington. Sua visita a Moscou se tornou um ponto central de discussão na reunião, onde outros aliados se comprometeram a fornecer defesas aéreas adicionais para a Ucrânia em sua campanha contínua contra a invasão russa em larga escala que começou em 2022.

Segundo uma das pessoas familiarizadas com a visita de Orban, que pediu anonimato para discuti-la, Trump, o provável candidato republicano, não pediu ao líder húngaro para preparar o terreno para algum tipo de acordo de paz entre Ucrânia e Rússia. A pessoa descreveu a visita, que ocorrerá dias antes da Convenção Nacional Republicana em Milwaukee, como um encontro informal.

Orban também visitou o presidente Xi Jinping na China esta semana, após uma viagem ao Azerbaijão no início deste mês.

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Porta-vozes da campanha de Trump não responderam imediatamente a um pedido de comentário. Porta-vozes do governo húngaro também não comentaram imediatamente.

A Hungria assumiu a presidência rotativa da União Europeia em 1º de julho. Autoridades da UE criticaram as viagens de Orban, argumentando que elas podem minar as posições do bloco de 27 membros em questões globais.

O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, disse ao programa “Face the Nation” da CBS News no domingo (7) que Orban “deixou claro quando foi a Moscou que ele não foi lá em nome da Otan”.

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“Diferentes aliados da Otan interagem com Moscou de maneiras diferentes”, acrescentou.

O líder húngaro e Trump cultivaram uma relação próxima, com Orban visitando Mar-a-Lago em março. Trump o recebeu com um tour por sua residência, jantar com a ex-primeira-dama Melania Trump, uma reunião de uma hora com assessores de alto escalão e uma apresentação musical de uma banda que tocava músicas de Roy Orbison.

O presidente Joe Biden aproveitou esse encontro em um comício político subsequente na Filadélfia, afirmando que Orban “não acredita que a democracia funcione” e estava “buscando uma ditadura”.

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A administração Biden criticou Orban por suas relações amistosas com Putin, bem como pela legislação na Hungria que o Departamento de Estado alertou poderia “intimidar e punir” críticos do governo de Orban.

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