Portugal escolhe localização para novo aeroporto de Lisboa após boom do turismo

Novo aeroporto será construído numa base militar perto da cidade de Alcochete, a 22 quilômetros do centro de Lisboa

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Edifícios vistos do bairro da Graça, em Lisboa, Portugal, 04/08/23. Foto: Gonçalo Fonseca/Bloomberg
Edifícios vistos do bairro da Graça, em Lisboa, Portugal, 04/08/23. Foto: Gonçalo Fonseca/Bloomberg

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Portugal escolheu o local para o novo aeroporto de Lisboa, um projeto que sucessivos governos planejaram construir à medida que o país atraía um número crescente de turistas.

O novo aeroporto será construído numa base militar perto da cidade de Alcochete, a cerca de 22 km do centro da cidade de Lisboa, na margem sul do rio Tejo, segundo o primeiro-ministro, Luís Montenegro. Antes de se tornar o principal aeroporto da capital, ele vai complementar o já existente aeroporto Humberto Delgado, disse em coletiva de imprensa em Lisboa, na noite de terça-feira (14).
Portugal tenta há décadas encontrar um local viável para a construção de um novo aeroporto que possa acomodar um número de turistas que bate sucessivos recordes. O país recebeu mais de 30 milhões de visitantes em 2023.

Muitos turistas chegam pelo atual aeroporto de Lisboa, que fica a apenas 15 minutos de carro do centro da capital, mas é atormentado por atrasos de voos durante a alta temporada nas férias.

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O ministro das Infraestruturas, Miguel Pinto Luz, disse na mesma coletiva de imprensa que o novo aeroporto deverá estar pronto entre 10 a 15 anos. Uma comissão técnica independente estimou que um novo aeroporto com duas pistas custaria cerca de € 6,1 bilhões (US$ 6,6 bilhões).

Entretanto, o ministro disse que a operadora aeroportuária portuguesa ANA terá de reformar o atual aeroporto da cidade até que a nova infraestrutura esteja pronta. A ANA, que é controlada pela Vinci, gere o aeroporto de Lisboa, que completou 82 anos e se transformou em um dos principais hubs europeus para voos ao Brasil e alguns destinos na África.

“A ANA está obrigada a fazer o trabalho necessário para que Portugal não continue a perder milhões de passageiros como perde hoje”, disse Pinto Luz.

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Em nota, a ANA informou que vai avançar com a decisão do governo, nos termos do contrato de concessão.

O governo adiantou que vai investir na construção de uma terceira ponte sobre o rio Tejo e numa ligação ferroviária de alta velocidade prevista para Madri.

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