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Depois de 95% das empresas aprovarem a semana de quatro dias de trabalho, após seis meses de um projeto-piloto, o novo governo de Portugal, comandado pela coligação de centro-direita Aliança Democrática, avalia a manutenção do programa.
O economista Pedro Gomes, coordenador do programa contratado pelo governo anterior, liderado pelo Partido Socialista, se prepara para apresentar um relatório final, segundo informações de O Globo, desta sexta-feira (19).
O resultado preliminar do teste foi divulgado em dezembro de 2023, com 95% de aprovação pelas empresas participantes. Segundo Gomes, o relatório que será apresentado ao governo mostra que a semana de quatro dias causa “melhoria enorme no empenho e motivação” dos funcionários.
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Os profissionais destacaram que, com menos dias de trabalho, conseguiram aumentar o convívio familiar e diminuir os níveis de estresse e exaustão. Anteriormente, 46% consideravam difícil conciliar vida pessoal e familiar. Após seis meses de programa, esse número reduziu para 8%.
Os resultados iniciais mostraram que a média de horas semanais trabalhadas caiu de 39,3 para 34. As empresas participantes adotaram dois modelos: 58,8% aderiram a folga uma vez por semana e 41,5% optaram por uma folga a cada 15 dias.
Em entrevista ao O Globo, Gomes afirmou que estava sendo preparado um projeto-piloto no setor público, mas não é certo que ele avance em meio a transição de governo que acontece depois das eleições extraordinárias de março.
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O relatório final que será apresentado tem como base o projeto-piloto que vigorou de junho até dezembro de 2023. A previsão é que o texto seja entregue ao novo governo português entre maio e junho.
“Claro que afeta os próximos passos (da transição de governo), mas primeiro tem que ter o relatório para depois ver o posicionamento do novo governo”, afirmou Gomes, que é professor de economia na Universidade de Londres e autor do livro “Sexta-feira é o novo sábado”.
O Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social confirmou ao O Globo que o “projeto está sendo avaliado”.