Polícia do Reino Unido se prepara para noite violenta; 100 protestos são esperados

Cerca de 6 mil policiais estarão de plantão para conter atos violentos organizados por grupos anti-imigração; um homem que agrediu um policial foi condenado a 3 anos de prisão

Equipe InfoMoney

Manifestantes disparam fogos de artifício contra a polícia em Liverpool, durante protesto contra a imigração ilegal 03/08/2024 (Foto: Belinda Jiao/Reuters)
Manifestantes disparam fogos de artifício contra a polícia em Liverpool, durante protesto contra a imigração ilegal 03/08/2024 (Foto: Belinda Jiao/Reuters)

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As forças de segurança do Reino Unido se preparam para uma note de quarta-feira violenta após mais de uma semana de protestos anti-imigração que têm mostrado cenas de vandalismo em prédios e equipamentos e ataques físicos a policiais.

As áreas de inteligência da polícia que monitoram as redes sociais identificaram o planejamento de mais 100 possíveis protestos liderados pela extrema-direita. Por outro lado, mais de 30 contra-protestos estão sendo esperados.

Empresas em todo o país estão fechando as portas mais cedo ou incentivando os funcionários a trabalhar em casa antes dos protestos esperados para esta noite.

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Segundo o jornal The Guardian, cerca de 6 mil policiais treinados para conter distúrbios estarão de plantão hoje.

O grupo antirracismo Hope Not Hate listou 48 locais como potenciais alvos para mobilizações de extrema-direita. Uma lista menor, de 39 locais, foi compilada e divulgada em canais na plataforma de mídia social Telegram nos últimos dias.

Andy Marsh, executivo-chefe do College of Policing, que representa as forças policiais da Inglaterra e do País de Gales, disse à Sky News que a mobilização de policiais será a maior desde 2011 e que eles estão sendo orientados a intervir cedo e com força onde a lei estiver sendo violada.

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Punições

Enquanto organizam a prevenção, as autoridades também aceleraram as punições. Um manifestante que deu um soco no rosto de um policial durante os distúrbios violentos em Southport na semana passada foi condenado a três anos de prisão, a sentença mais longa até agora.

Derek Drummond, de 58 anos, se declarou culpado de desordem violenta e agressão a um trabalhador de emergência durante o motim na cidade de Merseyside no dia seguinte ao assassinato de três meninas.

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O primeiro-ministro, Keir Starmer, elogiou a rapidez da condenação. Na rede social X, ele afirmou que “esta é a ação rápida que estamos tomando. Se você provocar desordem violenta em nossas ruas ou online, enfrentará toda a força da lei.”

Mais de 420 pessoas foram presas e pelo menos 100 foram acusadas até agora, com mais prisões e comparecimentos ao tribunal esperados para os próximos dias.

Os grupos extremistas espalharam uma campanha de desinformação desde o atentado a faca, atribuindo a autoria a um imigrante muçulmano, mas a polícia o identificou como um jovem de 17 anos nascido no País de Gales.