Polícia de Los Angeles desmantela acampamento pró-palestinos na UCLA

Ação policial acontece um dia depois de violentos confrontos entre os manifestantes que apoiam os palestinos de Gaza contra ativistas pró-Israel; aulas presenciais na UCLA estão suspensas

Roberto de Lira

Policiais e manifestantes pró-palestinos na Universidade da Califórnia - 2/5/2024 (Reuters/Aude Guerrucci)
Policiais e manifestantes pró-palestinos na Universidade da Califórnia - 2/5/2024 (Reuters/Aude Guerrucci)

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Um dia depois de violentos confrontos entre os manifestantes pró-palestinos e os favoráveis a Israel, centenas de policiais de Los Angeles decidiram desmantelar o acampamento montado na Universidade da Califórnia (UCLA). Há informações que ao menos 100 pessoas foram presas.

Segundo a agência de notícia Associated Press, a polícia removeu barricadas no campus da UCLA depois que centenas de manifestantes desafiaram as ordens de dispersão, que foram repetidas durante horas pelos alto-falantes.

A Reuters informou, citando a emissora de televisão local KABC-TV, que de 300 a 500 pessoas estavam dentro do acampamento, enquanto cerca de 2.000 outras se reuniram do lado de fora das barricadas em apoio.

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A repressão policial aconteceu antes do amanhecer, quando policiais com equipamento tático começaram a entrar no campus da UCLA. A polícia destruiu a barricada feita de materiais como madeira compensada, paletes, cercas metálicas e lixeiras do acampamento e abriu caminho em direção a dezenas de barracas de manifestantes. Os manifestantes usaram guarda-chuvas como escudos.

Na quarta-feira, houve violentos confrontos entre os grupos com visões diferentes sobre o conflito entre Israel e o Hamas em Gaza, o que obrigou a universidade a comunicar a interrupção das aulas presenciais nesta quinta e na sexta-feira. “Devemos proteger o bem-estar de nossos colegas e manter um ambiente de aprendizagem seguro”, informou a UCLA nas redes sociais.

Os confrontos na UCLA e em Nova York, na Universidade de Columbia, fazem parte da maior manifestação de ativismo estudantil dos EUA desde os protestos e marchas antirracismo de 2020.

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(Com Reuters)

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