Petroleiro atacado pelos Houthis no Mar Vermelho não tem vestígios de vazamento

Missão da UE no Mar Vermelho informou que há vários incêndios no convés principal, mas que a área não tem sinais de óleo vazando; rebeldes atendem pedido da ONU e devem permitir resgate

Roberto de Lira

Imagens do petroleiro Sounion em chamas no Mar Vermelho captadas pela missão Aspides (Foto: Instagram da EUNAVFOR ASPIDES/@operation_aspides)
Imagens do petroleiro Sounion em chamas no Mar Vermelho captadas pela missão Aspides (Foto: Instagram da EUNAVFOR ASPIDES/@operation_aspides)

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Autoridades da União Europeia tranquilizaram especialistas internacionais em meio ambiente nesta quinta-feira (29), ao relatar que, aparentemente, não há vestígios de derramamento de óleo na área ao redor do petroleiro de bandeira grega Sounion, abandonado no Mar Vermelho desde a semana passada após ataques de rebeldes Houthis.

A missão europeia Aspides, que atua na área, informou, no entanto, que há incêndios detectados em vários locais no convés principal do navio, que transporta 150.000 toneladas de petróleo bruto vindo do Iraque.

A Aspides alertou ainda que que todos os navios que passam nas proximidades devem prosseguir com o máximo de cautela, pois o Sounion representa um risco de navegação e uma ameaça séria e iminente de poluição regional.

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O jornal britânico The Guardian lembra que o petroleiro foi atacado na semana passada na cidade portuária de Hodeidah, no Iêmen, em atentado reivindicado pelos Houthis, que controlam as regiões mais populosas do país e são apoiados pelo Irã.

O Pentágono havia informado nesta semana que o navio ainda estava pegando fogo e que poderia estar vazando petróleo bruto, no que poderia se transformar em um dos maiores desastres ambientais desse tipo na história.

Na terça-feira, as forças americanas disseram ter tentado enviar dois rebocadores para ajudar a salvar o Sounion, mas que ele tinha sido atacado pelos rebeldes.

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Mas ontem, a Reuters informou que uma a missão da ONU no Irã havia conseguido do grupo iemenita garantias de que os resgate será permitido.

O porta-voz dos Houthis do Iêmen, Mohammed Abdulsalam, disse à Reuters na quarta-feira que não há trégua temporária e que o grupo só concordou em permitir o reboque do petroleiro Sounion depois que várias partes internacionais entraram em contato com o grupo.

O maior derramamento no mar foi registrado foi em 1979, quando cerca de 287.000 toneladas de óleo escaparam do Atlantic Empress depois que ele colidiu com outro navio no Mar do Caribe, durante uma tempestade.

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