Pesquisadores descobrem primeira tumba de um faraó no Egito desde a de Tutancâmon

Descoberta da tumba de Tutemés II encerra 12 anos de trabalho de uma equipe de arqueólogos britânicos e egípcios

Gabriel Garcia

(Divulgação/Ministério do Turismo e Antiguidades do Egito)
(Divulgação/Ministério do Turismo e Antiguidades do Egito)

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Uma equipe de arqueólogos britânicos e egípcios fez uma descoberta histórica ao localizar a tumba do faraó Tutemés II, a primeira desde a famosa descoberta da tumba de Tutancâmon, há mais de um século, em 1922.

A tumba foi encontrada nos Vales Ocidentais da Necrópole Tebana, perto de Luxor, em uma área anteriormente ligada aos locais de descanso de mulheres que faziam parte das famílias reais.

A descoberta surpreendeu os pesquisadores, que esperavam que as câmaras funerárias dos faraós da 18ª dinastia estivessem localizadas a mais de 2 km de distância, mais próximas do Vale dos Reis.

(Divulgação/New Kingdom Research Foundation)

No entanto, ao entrar na câmara funerária, a equipe encontrou um teto azul decorado com estrelas amarelas, um indicativo claro de que se tratava uma tumba real.

A tumba de Tutemés II, que governou o Egito há cerca de três milênios e meio, estava vazia, mas não por causa de saques. Os pesquisadores acreditam que a tumba foi deliberadamente esvaziada após ser inundada por uma cachoeira poucos anos após o enterro do faraó.

Fragmentos de vasos de alabastro com inscrições dos nomes de Tutemés II e da rainha Hatshepsut foram encontrados no local, dando pistas cruciais sobre de quem era a tumba.

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A descoberta encerra mais de 12 anos de trabalho da equipe conjunta da New Kingdom Research Foundation e do Ministério do Turismo e Antiguidades do Egito.

Durante esse período, a equipe já havia escavado 54 tumbas na região ocidental da montanha tebana em Luxor e identificado mais de 30 esposas reais e mulheres da corte.

Em um comunicado, o ministro do Turismo e Antiguidades do Egito, Sherif Fathy, destacou a importância do achado, afirmando que é um momento extraordinário para a egiptologia e para a compreensão da história humana compartilhada.

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A descoberta não apenas resolve o mistério da localização das tumbas dos primeiros reis da 18ª dinastia, mas também abre novas possibilidades para futuras explorações arqueológicas na região.