Peru declara estado de emergência após onda de crimes tomar conta da capital

A onda de crimes levou a presidente Dina Boluarte a declarar que gostaria que os assassinos fossem condenados à pena de morte

Reuters

A presidente do Peru, Dina Ercilia Boluarte, participa da 55ª reunião anual do Fórum Econômico Mundial (FEM) em Davos, Suíça
22/01/2025
REUTERS/Yves Herman
A presidente do Peru, Dina Ercilia Boluarte, participa da 55ª reunião anual do Fórum Econômico Mundial (FEM) em Davos, Suíça 22/01/2025 REUTERS/Yves Herman

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O governo do Peru declarou nesta segunda-feira (17) estado de emergência na capital Lima e alocou soldados nas ruas para ajudar a reprimir a recente onda de violência que tirou a vida de um cantor popular.

A morte do proeminente músico de cúmbia Paul Flores na madrugada de domingo provocou indignação popular, depois que o ônibus em que ele viajava foi alvo de tiros de assaltantes armados desconhecidos. Flores morreu depois de ser baleado, segundo a polícia.

A onda de crimes, incluindo um salto nos esquemas de extorsão, levou a presidente Dina Boluarte a declarar que gostaria que os assassinos fossem condenados à pena de morte, embora o Peru só permita a execução de traidores condenados.

O decreto de emergência de 30 dias aplica-se a Lima, bem como à província vizinha de Callao, e concede às autoridades poderes adicionais para mobilizar as Forças Armadas para combater o crime.

Nos últimos anos, as autoridades peruanas declararam repetidamente emergências quando a atividade criminosa ou a agitação social aumenta.

As medidas tomadas pelo governo nesta segunda-feira seguem semanas de escalada da violência atribuída a grupos criminosos que frequentemente têm como alvo empresas, inclusive empresas de transporte, mesmo com as autoridades divulgando recentes prisões de gangues.