Pelo menos 49 migrantes morreram e 140 estão desaparecidos no Iêmen, diz ONU

Navio partiu da Somália e transportava 260 migrantes, entre eles somalis e etíopes, informou a Organização Internacional das Migrações

Reuters

Guarda costeira da Tunísia detém migrantes no mar durante tentativa de cruzar para a Itália (REUTERS/Jihed Abidellaoui)
Guarda costeira da Tunísia detém migrantes no mar durante tentativa de cruzar para a Itália (REUTERS/Jihed Abidellaoui)

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Pelo menos 49 migrantes morreram e outros 140 desapareceram depois que o barco em que viajavam virou na costa do Iêmen, informou a agência de migração da ONU nesta terça-feira (11).

O navio partiu da Somália e transportava 260 migrantes, entre eles somalis e etíopes, informou o comunicado da Organização Internacional das Migrações (OIM). Anteriormente, uma autoridade iemenita havia divulgado o número de pelo menos 38 mortos.

O barco virou na segunda-feira perto de Alghareef Point, na província de Shabwah, no Iêmen. Entre os mortos estavam 31 mulheres e seis crianças, disse a OIM.

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“Esta recente tragédia é mais um lembrete da necessidade urgente de trabalhar em conjunto para enfrentar os desafios urgentes da migração e garantir a segurança dos migrantes ao longo das rotas migratórias”, disse Mohammedali Abunajela, porta-voz da OIM.

A OIM, que faz um registro de migrantes mortos ou desaparecidos nas rotas migratórias, contabilizou desde 2014 um total de 1.860 mortes e desaparecimentos ao longo da rota que vai da África Oriental e do Chifre da África aos países do Golfo. Quase 500 mortes foram causadas ​​por afogamento.

A OIM descreveu a rota como uma das mais movimentadas e perigosas do mundo.

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“Muitas vezes dependendo de contrabandistas para navegar na viagem, os migrantes correm frequentemente um risco adicional, incluindo o de tráfico de seres humanos, durante a perigosa viagem de barco até as costas do Iêmen”, afirmou.

Segundo as Nações Unidas, 97 mil migrantes chegaram ao Iêmen vindos do Chifre da África no ano passado.