Partidos franceses se apressam para formar alianças antes de eleição antecipada

Um alvo importante para ambos os campos é o conservador Os Republicanos (LR), que ocupou o poder por décadas, mas que agora é uma sombra do que já foi

Reuters

Vista da Assembleia Nacional em Paris - 03/04/2024 (Foto: Gonzalo Fuentes/Reuters)
Vista da Assembleia Nacional em Paris - 03/04/2024 (Foto: Gonzalo Fuentes/Reuters)

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Paris (Reuters) – Os partidos franceses se apressavam nesta terça-feira (11) para formar alianças e se prepararem para uma eleição antecipada que, segundo as pesquisas de opinião, o partido de extrema-direita de Marine Le Pen tem maiores chances de vencer.

O presidente da França, Emmanuel Macron, convocou uma eleição para a câmara baixa do Parlamento para 30 de junho e 7 de julho, após uma grande derrota de seu partido nas eleições para o Parlamento Europeu no domingo.


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O partido Reunião Nacional (RN), de Le Pen, ficou em primeiro lugar na primeira pesquisa divulgada na segunda-feira, embora o levantamento tenha dito que o partido não alcançará a maioria absoluta de votos.

Isso significa que o RN está procurando aliados para garantir o controle do Parlamento, e alguns dos principais partidos tentavam se unir para manter a extrema-direita fora do poder na segunda maior economia da zona do euro.

Busca pelos moderados

Um alvo importante para ambos os campos é o conservador Os Republicanos (LR, na sigla em francês), que ocupou o poder por décadas, mas que agora é uma sombra do que já foi. O partido perdeu membros importantes para a legenda centrista de Macron e para a extrema-direita. Alguns agora temem que ele possa implodir.

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O presidente do RN, Jordan Bardella, que já havia dito que estava tentando conquistar mais membros do LR e que poderia apoiar alguns deles na eleição, deixou claras as suas intenções.

“Estou pedindo ao Os Republicanos que deixem de ser a muleta política de Emmanuel Macron”, disse ele na rádio RTL. “Se vocês têm convicções, se vocês amam seu país… venham trabalhar conosco.”

Do outro lado, Edouard Philippe, ex-membro do LR e ex-premiê de Macron, conclamou as forças moderadas, que vão dos socialistas aos conservadores, a se unirem.

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“Temos que aceitar a ideia de que precisamos trabalhar com os outros”, disse Philippe à RTL. “Vamos construir juntos algo que seja do interesse do país.”

Mas o consenso de décadas no establishment político da França de unir forças para manter a extrema-direita longe do poder parece cada vez mais frágil.

Eric Ciotti, líder do partido Os Republicanos, disse no X em resposta aos comentários de Philippe: “Nunca conosco!”

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O jornal Le Figaro escreveu que Ciotti está até mesmo aberto a alianças locais com o RN em alguns círculos eleitorais — o que alguns no partido disseram imediatamente estar fora de questão.

Enquanto isso, os partidos de esquerda prometeram trabalhar juntos e nomear candidatos conjuntos na eleição, mas ainda não chegaram a um acordo formal.

Em um comunicado conjunto na segunda-feira, os socialistas, os verdes, os comunistas e os membros do partido França Insubmissa prometeram “apresentar uma alternativa a Emmanuel Macron e lutar contra o projeto racista da extrema-direita”.

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Embora o resultado da votação seja difícil de prever, uma vitória não parece estar ao alcance da esquerda. No entanto, eles podem ter a esperança de influenciar quem será nomeado primeiro-ministro.