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O parlamento da Coreia do Sul aprovou neste sábado o impeachment do presidente Yoon Suk-yeol, em mais um capítulo de uma crise política iniciada na semana passada, quando o dirigente tentou impor uma lei marcial no país, causando revolta na população.
O primeiro-ministro Han Duck-soo, nomeado por Yoon, assume agora como presidente interino, enquanto o presidente impedido permanece no cargo, mas com seus poderes presidenciais suspensos.
Caberá ao Tribunal Constitucional decidir se Yoon será removido do cargo em algum momento nos próximos seis meses. Se ele for destituído, uma eleição antecipada será convocada no país.
Foi a segunda tentativa de votar a moção de impeachment do presidente. No sábado passado, a votação não foi adiante por falta de quórum. Mas a adesão de integrantes do partido do próprio presidente permitiu que o processo ocorresse hoje.
Ao menos 12 membros do Partido do Poder Popular se juntaram à oposição e garantiram que a moção fosse aprovada por 204 votos contra 85 e, 3 abstenções e 8 votos inválidos. Eram necessários 200 votos para que a proposta fosse aceita.
O presidente interino disse hoje que fará o máximo possível para garantir a estabilidade após a destituição de Yoon. “Darei toda a minha força e esforços para estabilizar o governo”, disse Han a repórteres.
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Yoon é o segundo presidente conservador consecutivo a ser destituído na Coreia do Sul. Park Geun-hye foi removida do cargo em 2017.
Manifestantes que apoiavam o impeachment de Yoon saltaram de alegria perto do parlamento ao receber a notícia e acenaram com bastões de LED coloridos enquanto a música tocava. Em contraste, um comício de apoiadores de Yoon rapidamente se esvaziou após a notícia.
(Com Reuters)