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Milhares de palestinos regressam para o Norte de Gaza na manhã desta segunda-feira (27), formando um verdadeiro corredor humano que se desloca em meio às ruínas deixadas pela guerra.
Israel suspendeu nesta manhã, pela primeira vez desde as primeiras semanas da guerra de 15 meses com o Hamas, o bloqueio ao acesso ao Norte de Gaza.
Imagens mostram uma multidão caminhando ao longo de uma estrada principal, que acompanha a costa de Gaza, segurando pertences. O deslocamento representa uma reversão do êxodo em massa do Norte para o Sul, promovido no início da guerra.
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Segundo a imprensa internacional, os palestinos que retornam ao Norte encontram majoritariamente ruínas, já que a guerra destruiu ou impactou ao menos 66% das construções e infraestrutura de Gaza.
A abertura do bloqueio foi adiada por dois dias devido a uma disputa entre o Hamas e Israel, que foi resolvida durante a madrugada, a respeito de uma mudança na ordem dos reféns libertados pelo Hamas em troca de centenas de prisioneiros palestinos. As autoridades israelenses exigiam a libertação da civil Arbel Yehoud, que deveria, segundo Israel, ter sido libertada anteriormente.
Por sua vez, o Hamas, alegava que a não abertura da passagens representava uma violação no acordo de cessar-fogo.
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Cessar-fogo
Nesta primeira fase do acordo de cessar-fogo entre Israel e Hamas, 33 reféns devem ser libertados pelo grupo em troca da libertação de quase 2.000 palestinos presos por Israel.
Até o momento, segundo a Associated Press, sete reféns israelenses foram libertados em troca de mais de 300 prisioneiros palestinos.
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Já a segunda fase do cessar-fogo, considerada ainda mais desafiadora, ainda não foi negociada. Isso porque o Hamas afirma que não libertará os cerca de 60 reféns restantes a menos que Israel acabe com a guerra, enquanto o primeiro ministro israelense, Benjamin Netanyahu, alega estar comprometido em destruir o grupo militante e acabar com seu governo de quase 18 anos sobre Gaza.
A guerra entre Israel e Hamas começou em 7 de outubro de 2023 quando o grupo, considerando terrorista pelos Estados Unidos e União Europeia, promoveu um ataque em Israel que matou cerca de 1.200 pessoas, a maioria civis, e sequestrou outras 250. O exército israelense respondeu com uma guerra aérea e terrestre que matou mais de 47.000 palestinos, sendo mais da metade mulheres e crianças.