Após achar oxigênio no fundo do mar, pesquisa mira vida em outros planetas

Nova compreensão pode abrir novas possibilidades sobre como a vida poderia existir em locais sem luz solar, como alguns planetas e luas do sistema solar

Equipe InfoMoney

(Alexis Rosenfeld/Getty Images)
(Alexis Rosenfeld/Getty Images)

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Cientistas britânicos anunciaram uma nova missão para investigar a produção de oxigênio nas profundezas do oceano, após a descoberta surpreendente de que nódulos metálicos no fundo do mar podem gerar oxigênio em ambientes sem luz solar.

Essa pesquisa, liderada pelo professor Andrew Sweetman, da Associação Escocesa para a Ciência Marinha, visa explorar locais com mais de 10 km de profundidade, onde a equipe usará equipamentos submersíveis para entender melhor esse fenômeno e suas implicações para a vida em outros planetas.

A descoberta inicial, publicada no ano passado na revista Nature Geoscience, desafiou a crença de longa data de que o oxigênio só poderia ser produzido por meio da fotossíntese em ambientes iluminados.

Os pesquisadores observaram que os nódulos metálicos, formados por um processo que leva milhões de anos, geram correntes elétricas que podem dividir moléculas de água do mar em hidrogênio e oxigênio.

Essa nova compreensão pode abrir novas possibilidades sobre como a vida poderia existir em locais sem luz solar, como alguns planetas e luas do sistema solar.

Mas, além das implicações para a exploração espacial, a pesquisa também levanta questões sobre os impactos da mineração submarina na vida marinha.

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O anúncio da missão gerou controvérsias, especialmente entre empresas de mineração submarina que pretendem explorar esses nódulos metálicos.

Críticos questionaram a validade dos resultados, alegando que os dados poderiam ser resultado de bolhas geradas durante a coleta de amostras.

Grupos ambientalistas e mais de 900 cientistas assinaram uma petição pedindo uma pausa nas atividades de mineração, citando os riscos potenciais para os ecossistemas oceânicos.

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Em entrevista à BBC, Sweetman enfatizou a importância de compreender o ecossistema do fundo do mar antes de qualquer decisão sobre a mineração.

“Precisamos, na melhor medida possível, entender o ecossistema profundo”, afirmou.