Otan está em confronto direto com Rússia, diz porta-voz do Kremlin

Dmitry Peskov repreendeu secretário-geral da Otan por sugerir que os membros da aliança deveriam deixar a Ucrânia atacar a Rússia com armas ocidentais

Reuters

Porta voz do Kremlin, Dmitri Peskov, em Moscou, Rússia (Sputnik/Gavriil Grigorov/Pool via REUTERS)
Porta voz do Kremlin, Dmitri Peskov, em Moscou, Rússia (Sputnik/Gavriil Grigorov/Pool via REUTERS)

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O Kremlin repreendeu o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, nesta segunda-feira (27), por sugerir que os membros da aliança deveriam deixar a Ucrânia atacar a Rússia com armas ocidentais, e disse estar claro que a Otan está em um confronto direto com a Rússia.

Stoltenberg afirmou à revista The Economist que os membros da Otan que fornecem armas à Ucrânia deveriam acabar com a proibição de usá-las para atacar alvos militares na Rússia.

“A Otan está aumentando o grau de escalada”, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, ao jornal russo Izvestia, quando questionado sobre os comentários de Stoltenberg.

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“A Otan está flertando com a retórica militar e caindo no êxtase militar”, afirmou Peskov, acrescentando que os militares russos sabiam o que fazer.

Quando questionado se a Otan se aproxima de um confronto direto com a Rússia, Peskov disse: “Eles não estão se aproximando; estão nele”.

O presidente russo, Vladimir Putin, tem alertado repetidamente o Ocidente de que há risco de uma guerra global por causa da Ucrânia e que um conflito direto entre a Rússia e a Otan significaria que o planeta estaria a um passo da Terceira Guerra Mundial.

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A invasão da Ucrânia pela Rússia em 2022 desencadeou a pior baixa nas relações entre a Rússia e o Ocidente desde a crise dos mísseis cubanos de 1962. A Rússia está agora avançando ao longo da linha de frente na Ucrânia.

Os Estados Unidos têm afirmado repetidamente que não encorajam a Ucrânia a atacar dentro da Rússia, embora a Ucrânia tenha feito lobby forte para fazer isso.

A revista The Economist informou que as observações de Stoltenberg visam claramente o presidente dos EUA, Joe Biden, que tem resistido a permitir que a Ucrânia ataque com armas dos EUA dentro da Rússia.