“Ordem de silêncio” contra Trump é relaxada antes de debate presidencial

Juiz decidiu que Trump pode falar sobre testemunhas e jurados do julgamento, embora esteja proibido de revelar a identidade deles

Bloomberg

Donald Trump durante um evento de campanha em Filadélfia em 22 de junho (Hannah Beier/Bloomberg)
Donald Trump durante um evento de campanha em Filadélfia em 22 de junho (Hannah Beier/Bloomberg)

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A ordem de silêncio contra Donald Trump no caso de pagamento a uma atriz pornô em Nova York foi relaxada em grande parte, dando ao ex-presidente mais liberdade para criticar os procedimentos enquanto faz campanha para a Casa Branca.

O juiz Juan Merchan decidiu nesta terça-feira (25) que Trump agora pode falar sobre testemunhas e jurados do julgamento, embora esteja proibido de revelar a identidade dos jurados. Um porta-voz de Trump disse que a proibição completa deveria ter sido suspensa e que eles vão recorrer da decisão.

Merchan afirmou que “há amplas evidências para justificar a preocupação contínua com os jurados” que, em 30 de maio, consideraram Trump culpado de todas as 34 acusações de falsificação de registros comerciais para ocultar um pagamento em espécie a uma atriz pornô antes das eleições de 2016.

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A decisão ocorre antes da divulgação da sentença de Trump, marcada para 11 de julho — e ele pode ser condenado a até quatro anos de prisão. O ex-presidente havia pedido o fim completo da ordem de silêncio antes do debate com o presidente Joe Biden, na próxima quinta-feira (27). Trump afirma, sem evidências, que Biden está por trás das quatro acusações criminais contra ele.

Trump critica a ordem de silêncio há muito tempo, dizendo que ela o impede de responder a ataques públicos de testemunhas-chave no caso, especialmente seu ex-advogado e “faz-tudo” Michael Cohen e a atriz pornô que recebeu o pagamento, Stormy Daniels. Merchan rejeitou diversas vezes esses argumentos, multando Trump em US$ 9.000 em abril por violar a ordem de silêncio.

O porta-voz da campanha de Trump, Steven Cheung, criticou a decisão, classificando-a de “inconstitucional”, por manter partes da ordem de silêncio.

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“Esta é outra decisão ilegal de um juiz altamente parcial, que é flagrantemente antiamericana, pois silencia o presidente Trump, o principal candidato na eleição presidencial de 2024, durante o próximo debate presidencial na quinta-feira”, disse Cheung em comunicado.

Merchan também afirmou que Trump ainda não pode falar sobre funcionários do tribunal e seus familiares.

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