Oposição na Venezuela denuncia que regime de Maduro continua a prender ativistas

As detenções de quatro ativistas e de um jornalista ocorreram em meio a pesquisas favoráveis a Edmundo Gonzalez, escolhido como candidato da oposição na eleição marcada para julho

Reuters

A líder da oposição, María Corina Machado, e Edmundo González (ao centro) em La Victoria - 18/5/2024 (Foto: Leonardo Fernández Viloria/Reuters)
A líder da oposição, María Corina Machado, e Edmundo González (ao centro) em La Victoria - 18/5/2024 (Foto: Leonardo Fernández Viloria/Reuters)

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Caracas (Reuters) – A coalizão de oposição da Venezuela disse nesta segunda-feira que quatro ativistas de dois de seus partidos políticos foram detidos nos últimos dias, ao passo que as tensões aumentam antes da disputa presidencial de 28 de julho.

Gabriel Gonzalez, Javier Cisneros, Jeancarlos Rivas e Juan Iriarte, dos partidos Vontade Popular e Vente Venezuela, foram detidos entre a sexta e esta segunda-feira pelas forças de segurança, que os acusam de conspiração e de instigar o ódio, disseram porta-vozes da oposição.

Cisneros foi libertado na noite de ontem, disse a Vente Venezuela em uma mensagem na rede social X.

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“Denunciaremos esse novo ataque do governo em todos os locais internacionais relevantes. Não podemos permitir que esses tipos de graves violações continuem a ser cometidas”, disse o candidato presidencial da oposição, Edmundo Gonzalez, durante transmissão ao vivo em mídias sociais.

O gabinete do procurador-geral não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.

As detenções dos quatro ativistas e de um jornalista, Luis Lopez, ocorreram em meio a pesquisas favoráveis a Gonzalez, escolhido como candidato da oposição após o tribunal superior da Venezuela manteve a proibição à vencedora das primárias, Maria Corina Machado, de ocupar cargos públicos.

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O presidente Nicolas Maduro, que busca um terceiro mandato, é preferido por cerca de 30% em uma pesquisa recente, em comparação com o apoio de Gonzalez de 50%.

Trinta e sete ativistas foram detidos neste ano, incluindo os quatro casos recentes, disse Machado, que está ativamente fazendo campanha para Gonzalez, ao lado dele na transmissão.

Seis dos ex-funcionários de campanha de Machado estão atualmente vivendo na embaixada argentina, onde pediram asilo.