Oposição denuncia prisão de coordenadora de campanha de Edmundo González

A advogada María Oropeza vinha sendo uma figura ativa ao denunciar os excessos do regime de Nicolás Maduro nos últimos dias; María Corina Machado, líder da oposição, informou que ela foi sequestrada

Roberto de Lira

María Oropeza (ao centro) discursa em evento de campanha com María Corina Machado (Foto: Instagram de Maria Oropeza/@maríaoropeza)
María Oropeza (ao centro) discursa em evento de campanha com María Corina Machado (Foto: Instagram de Maria Oropeza/@maríaoropeza)

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A oposição na Venezuela continua a denunciar o avanço da repressão política no país. María Corina Machado, líder da Plataforma Unitária Democrática (PUD), informou em suas redes sociais que uma das coordenadoras da campanha presidencial, María Oropeza, foi sequestrada ontem à noite por “funcionários do regime” de Nicolás Maduro e que seu paradeiro é desconhecido.

“O regime acabou de levá-la à força e não sabemos onde ela está. Eles a sequestraram! Peço a todos, dentro e fora da Venezuela, que exijam sua liberdade imediata”, escreveu Machado no X.

María Corina lembrou que Oropeza foi a chefe da equipe do candidato Edmundo González Urrutia no estado de Portuguesa e que ela é “jovem extraordinariamente corajosa, inteligente e generosa”.

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A advogada Oropeza vinha sendo uma figura ativa ao denunciar os excessos do regime nos últimos dias. Horas antes de sua prisão, ela havia postado um vídeo criticando exatamente a operação “Tun Tun” das forças de segurança, que tem detido pessoas que se manifestam contra o governo.

Ela afirmou que a operação carece de qualquer argumento jurídico e que é apenas uma “caça às bruxas “por parte de um regime que perdeu as eleições presidenciais de 28 de julho.

A operação foi batizada de “Tun Tun” pelo apoiadores de Maduro a partir de uma canção de Natal.  “Tun, tun/Quién es?/Gente de paz/ábranos la puerta que ya es Navidad”, diz o refrão.