Publicidade
O novo presidente de Taiwan, Lai Ching-te, conhecido localmente como William Lai, tomou posse neste segunda-feira (20) com um discurso firme sobre a autonomia do território, lembrando que já existe um forte consenso internacional de que a paz e a estabilidade no Estreito de Taiwan são indispensáveis para a segurança e prosperidade globais.
“Quero também apelar à China para que cesse a sua intimidação política e militar contra Taiwan, partilhe com Taiwan a responsabilidade global de manter a paz e a estabilidade no Estreito de Taiwan, bem como na grande região, e garanta que o mundo está livre do medo da guerra”, defendeu.
Lai lembrou que, no mês passado, os Estados Unidos transformaram em lei uma norma de apropriações suplementares de segurança do Indo-Pacífico e que isso proporcionará à região segurança e assistência adicionais, apoiando assim a paz e a estabilidade do Estreito de Taiwan.
Continua depois da publicidade
Ele destacou que os taiwaneses são um povo amante da paz que trata os outros com bondade. Sempre acreditei que, se o líder de um país colocasse o bem-estar do povo acima de tudo, a paz no Estreito de Taiwan, os benefícios mútuos e a coexistência próspera seriam objetivos comuns.
Assim, ele disse esperar que a China enfrente a realidade da existência da República da China [como é conhecido o país], “respeite as escolhas do povo de Taiwan e, de boa-fé, escolha o diálogo em vez do confronto, a troca em vez da contenção e, sob os princípios da paridade e da dignidade, se envolva em cooperação com o governo legal escolhido pelo povo de Taiwan”, afirmou Lai.
Segundo ele, isso pode começar com a retomada do turismo em uma base recíproca e a matrícula de estudantes de graduação em instituições taiwanesas.
Continua depois da publicidade
Lai é médico e venceu as eleições em janeiro. Segundo lembra a BBC, em sua juventude, era conhecido por ser um político mais radical que clamava abertamente pela independência de Taiwan. Ele pertence ao Partido Democrático Progressista (DPP, na sigla em inglês), o mesmo da ex-presidente Tsai Ing-wen, que cumpriu dois mandatos à frente do país.
Segundo o jornal britânico The Guardian, um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês disse nesta segunda-feira que a independência de Taiwan era “um beco sem saída, e não importa sob qual bandeira, a secessão está condenada ao fracasso”.