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Agora, em Nova York, entrar em uma zona de congestionamento vai exigir não apenas paciência, mas também dinheiro. A cidade se tornou, no domingo, a primeira dos EUA a lançar uma zona de cobrança para tentar reduzir o congestionamento no centro da cidade. As informações são do Financial Times e da Bloomberg.
Desde ontem, motoristas que entram nos bairros mais movimentados de Manhattan durante o horário de pico vão ter que pagar uma taxa de US$ 9 (cerca de R$ 55). A medida, que enfrentou anos de atrasos e recursos legais, tem o objetivo de aliviar o tráfego e arrecadar bilhões de dólares para o transporte local.
A taxa cobrada fora do horário de pico é de US$ 2,25 (cerca de R$ 13,80) para motoristas que viajam durante a noite entre 21h e 5h nos dias úteis, e entre 21h e 9h nos finais de semana. Já caminhões pequenos terão um acréscimo e pagarão US$ 14,40 (R$ 85,74) para entrar em Manhattan durante os horários de pico. Veículos maiores pagarão uma taxa de US$ 21,60 (R$ 132,28).
A Autoridade Metropolitana de Transporte de Nova York anunciou no início do domingo que a zona de alívio de congestionamento, que se estende da parte inferior do Central Park até a ponta sul de Manhattan, estava “totalmente operacional”.
O projeto, que foi suspenso pela governadora de Nova York, Kathy Hochul, em junho do ano passado antes de ser revitalizado a um preço inferior à taxa original de US$ 15 (R$ 91,86), deve reduzir o número de veículos entrando na zona a cada dia em cerca de 10%. Ele também ajudará a arrecadar US$ 15 bilhões (R$ 91 bilhões) para o departamento de trânsito local investir em projetos de transporte público.
“Isso é sobre ser uma cidade do século 21, onde não passamos todo o nosso tempo presos no trânsito,” disse Janno Lieber, o diretor executivo da Autoridade Metropolitana de Transporte, que está implementando a nova tarifa, em uma entrevista à Bloomberg Radio na segunda-feira. Lieber antecipa uma redução de 10% a 20% no tráfego ao longo do tempo.
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Cerca de 500.000 a 700.000 veículos passam pela zona tarifada, chamada de distrito comercial central, durante um dia de semana típico. Seguindo iniciativas semelhantes em Londres, Estocolmo e Cingapura, o objetivo é incentivar mais pessoas a utilizarem o transporte público e encorajar os caminhões a fazerem entregas durante a noite, reduzindo, em última análise, o número de veículos na zona em 80.000 por dia de semana, disse a MTA.
Entre 500 mil e 700 mil veículos passam pela zona tarifada, chamada de distrito comercial central, durante um dia de semana típico. Seguindo iniciativas semelhantes em Londres, Estocolmo e Cingapura, o objetivo é incentivar mais pessoas a utilizarem o transporte público e encorajar os caminhões a realizarem entregas durante a noite, reduzindo, em última análise, o número de veículos na zona em 80 mil por dia de semana, disse a MTA.
A agência instalou 1.400 câmeras e mais de 110 pontos de detecção diferentes ao longo das fronteiras da zona tarifada, disse Lieber em uma coletiva de imprensa na Grand Central Terminal.
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“Esse é o ponto de referência,” disse Lieber sobre os números típicos de tráfego durante a semana. “E vamos monitorar isso muito, muito de perto. Com o tempo, estaremos observando como o tráfego está mudando, o número de veículos e de onde eles estão vindo e para onde estão indo.”
Hochul inicialmente pausou o esquema por medo de que o aumento das taxas sobre os motoristas pudesse prejudicar alguns candidatos democratas nas eleições de novembro, já que os nova-iorquinos enfrentaram um aumento no custo de vida.
No ano passado, Nova York foi nomeada a cidade mais congestionada do mundo pela plataforma de monitoramento de tráfego Inrix, levando o motorista médio a ficar preso no trânsito por uma média de 101 horas por ano e causando um impacto de US$ 9,1 bilhões na economia local.
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Trânsito perigoso
O tráfego na cidade também é perigoso. Houve 252 fatalidades no trânsito em 2024 até 29 de dezembro, uma leve queda em relação a 262 incidentes desse tipo em 2023, segundo dados do Departamento de Polícia de Nova York.
A estreia da cobrança por congestionamento segue anos de disputas políticas e uma série de desafios legais, alguns dos quais ainda estão em andamento.
Embora Nova Jersey não tenha conseguido bloquear a implementação de domingo na última hora, o juiz desse caso deu à Administração Federal de Estradas um prazo até 17 de janeiro para apresentar informações adicionais sobre os esforços para mitigar os potenciais efeitos do plano de tarifas sobre o tráfego e a poluição no estado.
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(com Bloomberg)