Nova ajuda dos EUA a Kiev mostra que governo Biden quer manter guerra, diz Rússia

Para Dmitry Peskov, porta-voz do Kremlin, Biden quer evitar que a guerra acabe

Reuters

Porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov (REUTERS/Maxim Shemetov)
Porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov (REUTERS/Maxim Shemetov)

Publicidade

MOSCOU (Reuters) – O Kremlin disse na terça-feira (03) que a decisão dos Estados Unidos de enviar outro pacote de armas para a Ucrânia no valor de 725 milhões de dólares mostrou que o governo Biden, que está deixando o cargo, está determinado a colocar lenha na fogueira da guerra na Ucrânia para garantir que o conflito continue.

O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, disse em um comunicado na segunda-feira que a nova ajuda incluirá mísseis Stinger, munição para sistemas de foguetes de artilharia de alta mobilidade (Himars), drones e minas terrestres.

Questionado sobre o pacote de ajuda, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse aos repórteres:

“O atual governo está perseguindo seus objetivos, sua linha consistente é evitar que essa guerra diminua.”

“O governo (Biden) está fazendo tudo o que pode para colocar ainda mais lenha na fogueira. Ao mesmo tempo, este e outros pacotes de ajuda não podem mudar o curso dos acontecimentos, não podem afetar a dinâmica nas linhas de frente.”

O anúncio dos EUA marca um aumento acentuado no tamanho do uso recente, pelo presidente norte-americano, Joe Biden, da chamada Presidential Drawdown Authority (PDA), que permite que os EUA utilizem os estoques de armas atuais para ajudar aliados em uma emergência.

Continua depois da publicidade

Os anúncios recentes de PDA geralmente variam de 125 milhões a 250 milhões de dólares. Biden tem uma estimativa de 4 bilhões de dólares a 5 bilhões de dólares em PDA já autorizados pelo Congresso, que ele deverá usar para a Ucrânia antes que o presidente eleito republicano Donald Trump assuma o cargo em 20 de janeiro.

(Reportagem de Dmitry Antonov)