Nicolás Maduro rejeita oferta do Panamá de asilo

Maduro acusou o presidente panamenho, que foi eleito para o cargo há apenas três meses, de ter se "deixado levar pelos gringos", usando um termo depreciativo para os norte-americanos

Reuters

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, fala durante uma marcha em meio à disputada eleição presidencial, em Caracas, Venezuela
- 03/08/2024 (Foto: Maxwell Briceno/Reuters)
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, fala durante uma marcha em meio à disputada eleição presidencial, em Caracas, Venezuela - 03/08/2024 (Foto: Maxwell Briceno/Reuters)

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CIDADE DO PANAMÁ (Reuters) – O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, deu uma resposta contundente a uma oferta feita nesta sexta-feira pelo presidente panamenho, José Raúl Mulino, para facilitar sua partida para um terceiro país a fim de permitir uma transição política.

Mulino disse à emissora CNN que daria asilo a Maduro para funcionar como uma “ponte” para um terceiro país, após a eleição de 28 de julho que Maduro diz ter vencido, mas que pesquisadores independentes afirmam ter sido uma vitória esmagadora da oposição.

“Se essa é a contribuição, o sacrifício que o Panamá tem que fazer, oferecendo nosso solo para que esse homem e sua família possam deixar a Venezuela, o Panamá o faria sem dúvida”, disse Mulino em uma entrevista.

Mas Maduro acusou o presidente panamenho, que foi eleito para o cargo há apenas três meses, de ter se “deixado levar pelos gringos”, usando um termo depreciativo para os norte-americanos.

“Vou tentar saber seu nome, presidente do Panamá, mas quem se mete com a Venezuela encalha”, disse Maduro a repórteres, ao sair do Tribunal Supremo de Justiça, em Caracas.

O Panamá faz parte de um grupo de países latino-americanos que cortou relações diplomáticas com a Venezuela desde as contestadas eleições de 28 de julho, incluindo Argentina, Chile, Costa Rica, República Dominicana, Peru e Uruguai.