Netanyahu chama de “vergonhosa” a suspensão britânica de vendas de armas a Israel

Para o premiê israelense, em vez de ficar ao lado de Israel contra a barbárie, a decisão equivocada da Grã-Bretanha apenas encorajará o Hamas

Roberto de Lira

Benjamin Netanyahu em Jerusalém 
 17/7/2024  (Foto: Ronen Zvulun/Reuters)
Benjamin Netanyahu em Jerusalém 17/7/2024 (Foto: Ronen Zvulun/Reuters)

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O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, classificou como “vergonhosa” a decisão do governo do Reino Unido de suspender as vendas de algumas vendas de armas para o país. Na segunda-feira, o secretário de Relações Exteriores britânico, David Lammy, anunciou a suspensão de 30 das 350 licenças de armas para Israel, dizendo que há um “risco claro” de que o equipamento possa ser usado para cometer graves violações do direito internacional.

O premiê israelense foi à rede X para critica a decisão, destacando que ela foi anunciada dias depois que foram encontrado os corpos de seis reféns israelenses num túnel do Hamas em Gaza. O governo diz que esses reféns foram executados.

“Essa decisão vergonhosa não mudará a determinação de Israel de derrotar o Hamas, uma organização terrorista genocida que assassinou selvagemente 1.200 pessoas em 7 de outubro, incluindo 14 cidadãos britânicos”, escreveu Netanyahu.

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Ele lembrou que o Hamas ainda mantém mais de 100 reféns, incluindo 5 cidadãos britânicos. “Em vez de ficar ao lado de Israel, uma democracia companheira que se defende contra a barbárie, a decisão equivocada da Grã-Bretanha apenas encorajará o Hamas.”

Segundo o premiê, Israel “está buscando uma guerra justa com meios justos”  e tomando medidas sem precedentes para manter os civis fora de perigo e se comportando plenamente com o direito internacional.

“Assim como a posição heroica da Grã-Bretanha contra os nazistas é vista hoje como tendo sido vital na defesa de nossa civilização comum, a história também julgará a posição de Israel contra o Hamas e o eixo de terror do Irã. Com ou sem armas britânicas, Israel vencerá esta guerra e garantirá nosso futuro comum.”

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Boris Johnson, ex-primeiro-ministro britânico e um dos líderes do Partido Conservador, se juntou a Netanyahu nas críticas ao novo governo trabalhista, comandado por Keir Starmer. Segundo ele, tanto Starmer quanto Lammy, “abandonaram” Israel.