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Um relatório preliminar das Forças Armadas do Irã informou que nenhuma evidência de crime ou ataque foi encontrada até agora durante as investigações sobre o acidente de helicóptero que matou o presidente Ebrahim Raisi, segundo a mídia estatal.
Raisi, um linha-dura que era visto como potencial sucessor do líder supremo, aiatolá Ali Khamenei, morreu quando seu helicóptero caiu em meio a tempo ruim nas montanhas perto da fronteira com o Azerbaijão no domingo (19).
“Sinais de tiros ou similares não foram observados nos destroços do helicóptero (que) caiu em uma área de alta altitude e explodiu em chamas”, disse o relatório emitido pelo Estado-Maior das Forças Armadas.
“Nada suspeito foi observado nas conversas da torre de controle com a tripulação do voo”, acrescentou. Mais detalhes serão divulgados à medida que a investigação avança, disse o relatório.
Raisi foi enterrado na cidade sagrada muçulmana xiita de Mashhad na quinta-feira (23), quatro dias após o acidente que também matou o ministro das Relações Exteriores, Hossein Amirabdollahian, e outras seis pessoas.
Especialistas afirmam que o Irã tem um histórico ruim de segurança aérea, com repetidos acidentes, muitos deles envolvendo aeronaves construídas nos Estados Unidos e compradas antes da revolução islâmica de 1979.
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Teerã afirma que as sanções dos EUA há muito tempo impede a compra de novas aeronaves ou peças do Ocidente para atualizar suas frotas em mau estado.
O Irã proclamou cinco dias de luto para Raisi, que promulgou as políticas de Khamenei, reprimiu a dissidência pública e adotou uma linha dura em questões de política externa, incluindo negociações com Washington para retomar o pacto nuclear do Irã de 2015.
Uma eleição presidencial foi marcada para 28 de junho.