Não há progresso nas negociações para cessar-fogo em Gaza, diz fonte do Hamas

Reuniões no Cairo contam com a presença de delegações de Israel, Catar e Estados Unidos; americanos pressionam por acordo que liberte os reféns mantidos em Gaza e alivie a crise humanitária na região

Reuters

Tanque israelense perto da fronteira com Gaza - 7/4/2024 (Reuters/Amir Cohen)
Tanque israelense perto da fronteira com Gaza - 7/4/2024 (Reuters/Amir Cohen)

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Cairo (Reuters) – Uma autoridade do Hamas disse à Reuters nesta segunda-feira (8) que nenhum progresso foi feito em uma nova rodada de negociações no Cairo, capital do Egito, para um cessar-fogo em Gaza. A reunião contou com a presença de delegações de Israel, Catar e Estados Unidos.

“Não há mudança na posição da ocupação e, portanto, não há nada de novo nas negociações do Cairo”, afirmou a fonte do Hamas, que pediu para não ser identificada. “Ainda não há progresso”, acrescentou.

No início da segunda-feira, uma fonte egípcia sênior afirmou ao canal de TV Al-Qahera News, afiliado ao Estado do Egito, que houve progresso nas negociações, depois que um acordo foi alcançado entre as delegações participantes sobre as questões em discussão.

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Israel e o Hamas enviaram equipes ao Egito no domingo, após a chegada um dia antes do diretor da CIA, William Burns, cuja presença enfatizou a pressão dos EUA por um acordo que libertasse os reféns mantidos em Gaza e aliviasse a crise humanitária na região.

Israel e o Hamas, em guerra na Faixa de Gaza desde outubro, não conseguiram até agora resolver as divergências sobre suas principais exigências.

O Hamas quer o fim da ofensiva de Israel e uma retirada israelense total do território destruído, enquanto Israel quer um acordo para libertar os reféns de Gaza em troca de vários palestinos em suas prisões, sem o compromisso de acabar com a guerra.

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Neste final de semana, autoridades militares israelenses revelaram estar retirando parte das tropas no sul de Gaza, mas o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu declarou que “não haverá cessar-fogo sem o retorno dos reféns” detidos pelo Hamas desde outubro.