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A motoserra do presidente da Argentina, Javier Milei, não para e desta vez chegou à “Receita Federal” do país. A Administração Federal de Ingressos Públicos (AFIP) será dissolvida e substituída pela Agência de Arrecadação e Controle Aduaneiro (ARCA), um organismo que terá estrutura mais simples e menos burocrática, em busca de maior eficiência e menores custos.
O anúncio foi feito ontem pelo porta-voz da presidência, Manuel Adorni, e está inserido no marco da redução do Estado e da eliminação das “estruturas ineficientes” do poder público buscada pela atual gestão.
Segundo ele, a medida reduzirá em 45% o número de cargos superiores e em 31% os níveis inferiores, ao mesmo tempo que se procederá à desvinculação de 3.155 agentes que ingressaram de forma irregular no organismo durante o último governo kirchnerista, o que representa 15% do pessoal.
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“É um passo imprescindível para desmantelar a burocracia desnecessária que obstaculizou a liberdade econômica e comercial dos argentinos”, afirmou Adorni. Ele deu exemplos de cargos de diretoria com salários de mais de R$ 180 mil que serão reduzidos para cerca de R$ 23 mil mensais.
Ainda ontem o sindicato dos aduaneiros do país (SUPARA) convocou uma assembleia geral dos trabalhadores e expressou seu enérgico repúdio à dissolução da AFIP, informou o site Noticias Argentinas.
Segundo comunicado, a desvinculação massiva dos trabalhadores do organismo é uma medida que, além de intempestiva, viola a Constituição Nacional e as normas trabalhistas vigentes.