Motivos de aluna para ataque a tiros em escola nos EUA permanecem desconhecidos

A atiradora, identificada pela polícia como Natalie Rupnow, que também atendia pelo nome de Samantha, era aluna da Abundant Life Christian School em Madison, capital do Estado

Reuters

Crianças se preparam para embarcar em ônibus após tiroteio na Abundant Life Christian School, em Madison, Wisconsin, EUA 16/12/2024 REUTERS/Cullen Granzen
Crianças se preparam para embarcar em ônibus após tiroteio na Abundant Life Christian School, em Madison, Wisconsin, EUA 16/12/2024 REUTERS/Cullen Granzen

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A polícia de Wisconsin estava entrevistando, nesta terça-feira, amigos e familiares e examinando a atuação nas redes sociais de uma menina de 15 anos para determinar o que a levou a abrir fogo em uma sala de aula de sua escola cristã particular, matando um colega e um professor antes de tirar a própria vida.

A atiradora, identificada pela polícia como Natalie Rupnow, que também atendia pelo nome de Samantha, era aluna da Abundant Life Christian School em Madison, capital do Estado.

A probabilidade de mulheres e meninas cometerem ataques a tiros em escolas e tiroteios em massa é muito menor do que a de homens agressores.

Entre os 2.610 incidentes desde 1966 monitorados pelo K-12 School Shooting Database, nos quais o gênero do atirador é conhecido, as mulheres suspeitas foram responsáveis por apenas 107. Cerca de 3% de todos os tiroteios em massa nos EUA são perpetrados por mulheres, segundo estudos.

O motivo do ataque ainda não estava claro. O chefe de polícia de Madison, Shon Barnes, disse à CNN nesta terça-feira que os investigadores estão analisando publicações online e um possível manifesto que a atiradora pode ter deixado para trás.

“Tomamos conhecimento de um manifesto, se você quiser chamá-lo assim, ou algum tipo de carta que foi postada por alguém que alegou ser amigo dela”, disse Barnes.

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Barnes afirmou que a polícia também está examinando seu telefone celular e computador para ver se houve alguma transmissão entre ela e outra pessoa. Outras perguntas que os investigadores estão tentando responder são como a jovem de 15 anos obteve a arma e se seus pais foram negligentes.

“Essa é uma pergunta que teremos de responder com o gabinete do promotor público”, disse Barnes. “Mas, neste momento, esse não parece ser o caso.”

A polícia confirmou a rua da casa da atiradora em Madison. Registros online mostram que alguém chamado Jeffrey Rupnow mora na mesma rua, e um perfil do Facebook pertencente a um Jeff Rupnow em Madison mostra fotos de 2009 de uma filha recém-nascida chamada Natalie Lynn, 15 anos atrás.

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A foto de capa de Rupnow, publicada em agosto, mostra o que parece ser uma adolescente atirando com uma espingarda em um clube local. Em um comentário no site, Jeff Rupnow diz que ele e sua filha entraram para o clube na primavera e “estão adorando cada segundo”.

Não foi possível entrar em contato com Rupnow para comentar o assunto.

Dois alunos estavam em estado crítico correndo risco de morte, e várias outras vítimas sofreram ferimentos menos graves.

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Tiroteios em escolas se tornaram uma ocorrência quase diária nos Estados Unidos, com 322 deles neste ano, de acordo com o K-12 School Shooting Database. É o segundo maior total de qualquer ano desde 1966 — superado apenas pelos 349 do ano passado.

Pesquisas mostram que os eleitores norte-americanos são a favor de verificações mais rigorosas de antecedentes para compradores de armas, limites temporários para pessoas em crise e mais requisitos de segurança para o armazenamento de armas em casas com crianças. No entanto, líderes políticos têm se recusado em grande parte a agir, citando a proteção constitucional dos EUA para os proprietários de armas.