Morte de líder do Hezbollah representa “justiça” para centenas de vítimas, diz Biden

Presidente dos EUA também falou que o país apoia totalmente o direito de Israel se defender

Lucas Gabriel Marins

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O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse neste sábado (28) que a morte do líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, foi uma “medida de justiça” para as centenas de vítimas fatais de um regime de terror que já dura 40 anos.

“Hassan Nasrallah e o grupo terrorista que ele liderou, o Hezbollah, foram responsáveis ​​por matar centenas de americanos ao longo de um reinado de terror de quatro décadas. Sua morte em um ataque aéreo israelense é uma medida de justiça para suas muitas vítimas, incluindo milhares de americanos, israelenses e civis libaneses”, disse Biden em comunicado.

Nasrallah foi morto na sexta-feira (27) em um ataque realizado por Israel em um bairro residencial de Beirute. O Hezbollah confirmou a morte e disse que ele se juntou à longa lista de “mártires” do grupo. O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, prometeu vingança.

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No comunicado, Biden também falou que os Estados Unidos apoiam totalmente o direito de Israel se defender contra grupos terroristas apoiados pelo Irã, como o Hezbollah, os Houthis e o Hamas, responsável pelo massacre de 7 de outubro do ano passado, que foi o estopim para o conflito atual no Oriente Médio.

“Ontem mesmo, ordenei ao meu secretário de Defesa que melhorasse ainda mais a postura de defesa das forças militares dos EUA na região do Oriente Médio para deter a agressão e reduzir o risco de uma guerra regional mais ampla”, disse o chefe do poder executivo dos EUA.

Ataques continuam

As forças israelenses continuam com os ataques neste sábado, segundo veículos do Líbano e de Israel. Um dos alvos foi um armazém perto do aeroporto de Beirute, a única instalação internacional de passageiros do Líbano.

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O Ministério da Saúde libanês disse que o número de pessoas mortas no país desde a escalada dos ataques israelenses na semana passada já passou de mil. Uma das vítimas foi Mirna Raef Nasser, de 16 anos, que era natural de Balneário Camboriú, em Santa Catarina.

Em nota, o Itamaraty lamentou a morte da brasileira e voltou a condenar ataques de Israel. “O governo brasileiro reitera a condenação, nos mais fortes termos, aos contínuos ataques aéreos israelenses contra zonas civis no Líbano e renova o apelo às partes envolvidas para que cessem imediatamente as hostilidades”, diz a nota.