Militares deixam sede do governo boliviano após tentativa frustrada de golpe

Presidente Luis Arce agradeceu ao povo boliviano por terem se mobilizado para “proteger a democracia”

Equipe InfoMoney

O presidente da Bolívia, Luis Arce, segura uma bandeira em uma varanda após “denunciar a mobilização irregular” de algumas unidades do exército do país em La Paz, Bolívia, 26 de junho de 2024. REUTERS/Claudia Morales TPX IMAGENS DO DIA
O presidente da Bolívia, Luis Arce, segura uma bandeira em uma varanda após “denunciar a mobilização irregular” de algumas unidades do exército do país em La Paz, Bolívia, 26 de junho de 2024. REUTERS/Claudia Morales TPX IMAGENS DO DIA

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Veículos blindados e soldados começaram a se retirar da sede do governo da Bolívia, na capital La Paz, após uma tentativa frustrada de golpe de Estado.

Depois que o presidente boliviano, Luis Arce, nomeou o novo comando militar, as tropas do Exército que tentaram o levante deixaram as proximidades da praça Murillo, onde está localizada a sede do governo e que, até poucas horas atrás, estava cercada por tanques e militares.

O novo comandante do Exército da Bolívia, José Sánchez, ordenou que as unidades militares e os oficiais retornassem aos seus batalhões.

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“Neste momento, o que podemos observar é que não há mais sinais de tropas na praça principal, tudo indica que a tentativa de golpe de estado fracassou”, disse Luiz Henrique Sobreira, embaixador do Brasil na Bolívia, ao canal de TV GloboNews.

A retirada das unidades militares permitiu que seguidores de Arce que se reuniram para protestar ocupassem o espaço cercado e ouvissem um discurso que o presidente fez em sinal de agradecimento pelas mobilizações “em defesa da democracia”.

Luis Arce agradeceu ao povo boliviano e aos movimentos sociais do país por terem se mobilizado prontamente para “proteger a democracia”.

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“Com vocês, com o povo, nunca vamos desistir. Ninguém pode tirar a democracia que conquistamos nas urnas e com o sangue do povo boliviano”, disse Arce, segurando um alto-falante para se dirigir aos seus seguidores.

A Procuradoria-Geral da Bolívia anunciou que abriu uma investigação contra o general Juan José Zúñiga, líder do levante, e os militares que participaram da tentativa de golpe.

Zuñiga era o comandante-geral do exército do país, mas foi destituído do cargo ao afirmar que prenderia Evo Morales caso o ex-presidente, que vai concorrer às eleições no país em 2025, volte a se eleger.

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(Com agências de notícias)

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