Publicidade
O presidente da Argentina, Javier Milei, que conseguiu manter sua popularidade apesar dos dolorosos cortes de gastos desde que assumiu o cargo no fim do ano passado, está vendo seu apoio começar a diminuir, segundo as últimas pesquisas.
Isso representa um grande desafio para as reformas econômicas.
Uma pesquisa da Universidade Torcuato Di Tella na última segunda-feira (23) mostrou que o apoio ao governo de Milei, antes positivo, caiu quase 15% em setembro, a maior queda durante seus nove meses de governo.
Continua depois da publicidade
Foto de Milei na Bolsa de NY é capa do The Wall Street Journal
Presidente da Argentina está nos EUA para participar da 79ª Assembleia Geral das Nações Unidas; ele também se encontrou com Elon Musk
Musk diz que suas empresas estão procurando maneiras de investir na Argentina
A Argentina é a quarta maior produtora mundial de lítio, um componente essencial das baterias de veículos elétricos
Os dados da empresa de pesquisas Poliarquía mostraram uma queda de 7% no mês. Segundo uma pesquisa da consultoria Proyeccion, as opiniões positivas sobre o governo de Milei caíram para 44,8%, e as negativas, subiram para 50,7%. Outra pesquisa da CB Consultora mostrou queda no apoio.
Os dados ressaltam um grande desafio para Milei. Economista impetuoso e ex-jornalista, ele até o momento conseguiu impor duras medidas de austeridade e, ao mesmo tempo, manter os eleitores ao seu lado, evitando grandes protestos nas ruas, apesar da recessão e do aumento da pobreza.
Em setembro, Milei bloqueou aumentos planejados para os pagamentos de aposentadorias inicialmente aprovados pelo Congresso e apresentou um orçamento austero para 2025. Enquanto isso, os custos de gás, água e eletricidade aumentaram para muitos cidadãos, após subsídios estatais serem retirados.
Continua depois da publicidade
Os cortes profundos de Milei ganharam aplausos dos investidores e dos mercados, vistos por muitos como necessários após anos de déficits fiscais, inflação crescente e instabilidade econômica. Mas eles atingiram a atividade econômica, os empregos e aumentaram a pobreza.