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O presidente da Argentina, Javier Milei, fez nesta terça-feira (13) um forte ataque contra seu antecessor, Alberto Fernández, bem como a aliados e integrantes do antigo governo, não poupando sequer a ex-primeira-dama, Fabiola Yáñez, que acusa o ex-presidente de violência de gênero.
Sobrou até para a imprensa local, que ele criticou pelo “silêncio cúmplice” nos últimos anos.
Na rede social X, seu canal preferido de comunicação, Milei fez um post com vários tópicos, para ordenar os fatos que levaram ao momento delicado enfrentado por Fernandez na Justiça.
Ele destacou que um caso de corrupção na contratação de seguros pelo governo acabou por gerar a descoberta de um caso de violência de gênero. Ele ironizou que o ex-presidente era considerado um “defensor do feminismo”, mas que espancava sua esposa.
Nesse ponto, Milei também acusou Fabiola Yáñez, lembrando que ela foi “cúmplice de muitas das aberrações do horrível governo do kirchnerismo”, especialmente durante a pandemia, numa alusão a uma notória festa de aniversário da primeira-dama na Quinta de Olivos em plena crise sanitária da covid-19.
Ele afirmou que a violência contra Yáñez é inapelável, mas que isso não justifica ou isenta suas ações no período.
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Ele não fez comentário depreciativos sobre as acusações de infidelidade de Fernández, algo que “permanece na esfera privada”, mas destacou que se uma terceira parte tiver se beneficiado de um contrato cuja contraparte final é o Estado, isto constitui prostituição.
“O problema não está no acordo das partes em si, mas sim no fato de que as ações de AF (o ex-presidente) seriam apoiadas pelos impostos pagos pelos argentinos”. Ele lembrou que ser pago por uma empresa privada “não é argumento quando a empresa é financiada pelo Estado para tais fins, o que resulta numa associação ilícita.”
Em sua reflexão final ele citou os crimes de corrupção nos seguros, violência de gênero, e associação ilícita e tráfico de influência “utilizando o Estado para financiar os prazeres extrafuncionais do ex-presidente”.
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Por fim, ele criticou o “silêncio cúmplice de jornalistas” que teriam recebido orientação do Estado. “Todos esses acontecimentos ocorreram enquanto a mídia nos explicava que eles eram os bons e que aqueles de nós que querem uma Argentina livre eram os maus.”