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O presidente Javier Milei ironizou a greve geral na Argentina convocada para esta quinta-feira (9) pela central sindical CGT contra as medidas econômicas de seu governo, em especial o megapacote de reformas que está em discussão no Senado, após aprovação pela Câmara.
Ele aproveitou a foto de quando recebeu uma camisa do presidente da Fifa, Gianni Infantino, nesta semana. Numa montagem, escreveu na camisa: “Yo no paro” (“Eu não paro”). Antes, a imagem mostrava apenas seu nome e número 10.
Esta é a segunda greve geral que o país atravessa desde que Milei assumiu o poder, há cinco meses. Segundo os meios de comunicação locais, o transporte público está severamente afetado, com poucos ônibus à disposição da população e relatos de ao menos dois ataques com pedradas em coletivos na periferia de Buenos Aires. Escolas particulares estão abertas, mas muitos professores faltaram.
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Ontem, Manuel Adorni , porta-voz da presidência, calculou que a greve deveria afetar mais de 6,5 milhões de argentinos. Ele chegou a chamar os sindicalistas “fundamentalistas do atraso”.
O governo criou uma linha telefônica especial (134) para receber denúncias de “extorsão” contra quem tentar impedir o direito de trabalhar e anunciou que os funcionários públicos que aderirem ao movimento terão seu dia descontado do salário do mês.
Segundo o jornal Clarín, a previsão é que haverá funcionamento normal de supermercados, comércio local, bares e restaurantes, farmácias e postos de atendimento. Mas não vão acontecer os transportes de mercadorias, combustível e coleta de lixo, além dos serviços postais, que serão paralisados.
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A atividade industrial em seus diferentes ramos será restringida enquanto a paralisação nos portos será total, o que afetará o comércio agroexportador e as importações.