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O presidente da Argentina, Javier Milei, está apostando em sua amizade com o presidente eleito dos EUA, Donald Trump, e o bilionário Elon Musk, na esperança de garantir investimentos para o país, incluindo um novo empréstimo do Fundo Monetário Internacional (FMI). As informações são do jornal Financial Times.
Com uma dívida de US$ 44 bilhões (cerca de R$ 255 bilhões), a Argentina é o maior devedor do FMI e busca bilhões em novos recursos para aliviar os rígidos controles de câmbio e capital que dificultam sua recuperação econômica.
Uma autoridade do governo de Milei afirmou que a vitória de Trump certamente aceleraria as negociações com o FMI, organização na qual os EUA são o maior acionista. A recente vitória de Trump já impulsionou uma alta nos títulos e ações argentinas.
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Milei se posiciona como o principal aliado latino-americano de Trump em uma guerra cultural global contra a esquerda, apesar das profundas diferenças comerciais entre eles. O presidente argentino manifestou apoio à candidatura de reeleição de Trump e tem cultivado uma amizade com Musk, que está interessado em investir na produção de lítio da Argentina, uma commodity cada vez mais valiosa.
Embora a Argentina não seja uma prioridade para Trump, analistas ouvidos pelo Financial Times acreditam que a ofensiva de Milei pode abrir portas. O presidente argentino promoveu recentemente seu embaixador em Washington a ministro das Relações Exteriores e planeja participar de uma conferência da direita em Mar-a-Lago, onde espera se encontrar novamente com Trump e Musk.
O jornal, porém, afirma que Milei pode enfrentar pressões econômicas decorrentes das políticas de Trump. Economistas alertam que os planos de deportação e aumento de tarifas do presidente eleito podem estimular a inflação e complicar os esforços de Milei para estabilizar a economia argentina.
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Apesar disso, Trump já ajudou a Argentina no passado, sendo fundamental para garantir um empréstimo recorde de US$ 56 bilhões do FMI em 2018. Embora o FMI elogie as medidas de austeridade de Milei, a instituição ainda hesita em aumentar sua exposição ao país. Há preocupações sobre a recusa de Milei em desvalorizar significativamente o peso e a falta de clareza sobre sua futura política monetária.
Segundo o Financial Times, especialistas acreditam que a Argentina pode ter uma chance melhor de conseguir um novo programa de apoio do FMI durante um governo Trump, especialmente após as eleições parlamentares na Argentina em 2025, quando Milei poderá ter mais liberdade política para implementar reformas.