Milei aos empresários da Argentina: “sejam arquitetos de seu futuro”

O presidente argentino reforçou sua visão que o Estado não produz nada: "quando dá algo é porque roubou de alguém"; Milei disse ainda que respeitará a propriedade privada e os resultados dos investimentos

Equipe InfoMoney

O presidente argentino Javier Milei gesticula em um comício do partido La Libertad Avanza – 28/09/2024 (Foto: Matias Baglietto/Reuters)
O presidente argentino Javier Milei gesticula em um comício do partido La Libertad Avanza – 28/09/2024 (Foto: Matias Baglietto/Reuters)

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O presidente da Argentina, Javier Milei, aproveitou um discurso num evento para empresários em Mar de Plata para reforçar que, sob seu governo, a iniciativa privada é quem deve puxar o desenvolvimento. “Vocês são responsáveis por si mesmos, os arquitetos do seu próprio futuro. O Estado não vai cuidar disso, não produz nada. Quando dá algo é porque roubou de alguém”, declarou Milei.

Em discurso no 60º Colóquio IDEA, organizado pelo Instituto para o Desenvolvimento Empresarial da Argentina, o presidente disse ainda que em sua gestão a propriedade privada será “rigorosamente respeitada” e que o governo não avançará “sobre os resultados do investimento, porque quem ganha dinheiro não é mau, é um benfeitor social, um herói”.

“Longe de persegui-los, vamos celebrá-los, aplaudi-los”, completou.

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De sua parte, ele prometeu continuar baixando a inflação e também destacou que no ano eleitoral (2025) haverá déficit e emissões zero na Argentina.

Sobre críticas sobre o modelo econômico que tem sido adotado, ele recomendou que os empresários “parem de se assustar com economistas que parecem ter morrido com os dinossauros e ressuscitado”.

No discurso, Milei antecipou ainda que se espera uma “onda de investimentos” para a Argentina, sobretudo no setor da energia. Ele destacou a implementação do Regime Integral de Garantias para Investimentos (RIGI), que oferecerá garantias sólidas para aqueles que decidirem investir no país, permitindo que o setor privado opere sem os medos habituais relacionados a expropriações ou mudanças imprevistas nas regras do jogo.

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“Incorporamos a equação econômico-financeira de um negócio, o que significa que toda vez que o Estado quer fazer uma política fiscal que prejudique o setor privado, o custo é muito maior”, explicou.

Para Milei, o impacto negativo para o setor produtivo no primeiro trimestre já começou a se reverter. “A utilização da capacidade instalada é maior do que tínhamos no ano passado”, argumentou.

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