Microsoft: causa de falha cibernética foi resolvida, mas impacto residual segue

Impacto residual dos problemas de segurança cibernética continua afetando alguns aplicativos e serviços do Office 365

Lara Rizério

Passageiros esperam no aeroporto de Hong Kong diante de falhas generalizadas nos sistemas (Foto:REUTERS/Tyrone Siu)
Passageiros esperam no aeroporto de Hong Kong diante de falhas generalizadas nos sistemas (Foto:REUTERS/Tyrone Siu)

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A Microsoft disse na sexta-feira que a causa subjacente de uma falha cibernética global foi resolvida, mas o impacto residual dos problemas de segurança cibernética continua afetando alguns aplicativos e serviços do Office 365.

O CEO da companhia de cibersegurança cibernética considerada responsável pela falha, a CrowdStrike Holdings Inc., disse que a empresa identificou a atualização que travou os sistemas Windows em todo o mundo e que “uma correção foi implantada”.
“Este não é um incidente de segurança ou ataque cibernético”, disse o CEO George Kurtz em comunicado publicado no X na sexta-feira. “O problema foi identificado, isolado e uma correção foi implantada.”

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De acordo com um alerta enviado pela Crowdstrike a seus clientes e analisado pela Reuters, o software “Falcon Sensor” da empresa fez com que o Microsoft Windows travasse e exibisse uma tela azul, conhecida informalmente como “Tela Azul da Morte”. O alerta, que foi enviado às 02h30 (horário de Brasília) desta sexta-feira, também compartilhou uma solução manual para corrigir o problema.

Companhias aéreas interrompendo voos, algumas emissoras fora do ar e tudo, desde bancos até o setor de saúde, era prejudicado por problemas no sistema.

A American Airlines, a Delta Airlines, a United Airlines e a Allegiant Air suspenderam seus voos alegando problemas de comunicação. A ordem veio logo depois que a Microsoft disse ter resolvido a interrupção de seus serviços em nuvem que afetou várias companhias aéreas de baixo custo, embora não tenha ficado imediatamente claro se essas companhias estavam relacionadas.

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“Uma falha de software de terceiros está afetando os sistemas de computadores em todo o mundo, inclusive na United. Enquanto trabalhamos para restaurar esses sistemas, estamos mantendo todas as aeronaves em seus aeroportos de partida”, disse a United em um comunicado. “Os voos que já estão no ar continuam em seus destinos.”

As falhas se espalharam por toda parte.

O setor de viagens foi um dos mais atingidos, com aeroportos em todo o mundo, incluindo Tóquio, Amsterdã, Berlim e vários aeroportos espanhóis relatando problemas em seus sistemas e atrasos.

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Companhias aéreas internacionais, incluindo a Ryanair, a maior companhia aérea da Europa em número de passageiros, alertaram sobre problemas em seus sistemas de reserva e outras falhas.

No Reino Unido, os sistemas de reservas usados pelos médicos estavam offline, segundo vários relatórios de autoridades médicas no X, enquanto a Sky News, uma das principais emissoras de notícias do país, estava fora do ar, pedindo desculpas por não poder transmitir ao vivo.

Bancos e outras instituições financeiras da Austrália à Índia e à África do Sul alertaram os clientes sobre falhas em seus serviços, enquanto o LSEG Group relatou uma interrupção em sua plataforma de dados e notícias Workspace.

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(Com Reuters e Bloomberg)

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.