Meta tenta correção urgente de confusão de chatbot sobre quem é presidente dos EUA

Chatbot meta AI ainda estava dizendo que Biden era o presidente

Reuters

Logo da Meta AI em foto de ilustração
20/05/2024 REUTERS/Dado Ruvic
Logo da Meta AI em foto de ilustração 20/05/2024 REUTERS/Dado Ruvic

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NOVA YORK (Reuters) – A incapacidade do chatbot de inteligência artificial da Meta de identificar o atual presidente dos Estados Unidos foi elevada ao status de urgência pela controladora do Facebook nesta semana, exigindo uma correção rápida, disse uma fonte com conhecimento do assunto.


O republicano Donald Trump foi empossado como presidente dos EUA na segunda-feira, sucedendo o democrata Joe Biden. No entanto, na quinta-feira, o chatbot meta AI ainda estava dizendo que Biden era o presidente, de acordo com a fonte e com um teste do serviço feito pela Reuters.


Ao ser solicitado pela Reuters na quinta-feira para nomear o presidente dos EUA, o meta AI respondeu:


“O atual presidente dos Estados Unidos é Joe Biden. No entanto, de acordo com as informações mais recentes disponíveis, Donald Trump foi empossado como presidente em 20 de janeiro de 2025.”


O problema fez com que a Meta iniciasse um procedimento de emergência que usa para solucionar problemas urgentes com seus serviços, conhecido na empresa como SEV, ou “evento no local”, de acordo com a fonte.


O porta-voz da Meta, Daniel Roberts, disse: “Todo mundo sabe que o presidente dos Estados Unidos é Donald Trump. Todos os sistemas de IA generativa às vezes retornam resultados desatualizados, e continuaremos a aprimorar nossos recursos.” Ele não comentou sobre quais procedimentos de emergência, se houver, a Meta implementou.

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O caso marca pelo menos o terceiro procedimento de emergência que a Meta enfrenta esta semana relacionado à transição presidencial dos EUA, disse a fonte à Reuters.


Os incidentes atraíram reclamações generalizadas de observadores de mídia social que examinaram as plataformas da Meta em busca de sinais de mudanças politizadas depois que o presidente-executivo da companhia,, Mark Zuckerberg, apareceu na posse de Trump na segunda-feira e instituiu uma série de mudanças nas últimas semanas.


Essas mudanças incluíram a eliminação de programa de verificação de fatos nos EUA, a  promoção do republicano Joel Kaplan como para o posto de diretor de assuntos globais, a eleição de um amigo próximo de Trump para o conselho de administração e o fim de programas de diversidade de funcionários.

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Em um incidente nesta semana, a Meta pareceu estar forçando alguns usuários a seguirem novamente os perfis de Trump, do vice-presidente JD Vance e da primeira-dama Melania Trump no Facebook e no Instagram, mesmo depois dos usuários terem deixado de seguir essas contas.


Esse problema surgiu durante a prática normal da empresa de transferir contas oficiais de mídia social da Casa Branca para um novo controle quando há mudança de governo, disse a empresa na quarta-feira.


Nesse caso, ocorreu um erro porque o processo de transferência foi prolongado e o sistema não conseguiu registrar as solicitações de “deixar de seguir” dos usuários enquanto estava em andamento, o que levou a um SEV1 de prioridade máxima, disse a pessoa.

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Outro procedimento de emergência envolveu um problema no qual o serviço do Instagram da Meta bloqueou as buscas pelas hashtags #Democrat e #Democrats para alguns usuários, enquanto os resultados apareceram sem problemas para #Republican.


Um porta-voz da Meta reconheceu o problema na terça-feira, mas disse que ele afetou “a capacidade das pessoas de pesquisarem várias hashtags diferentes no Instagram – não apenas as da esquerda”.