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A Meta, empresa que controla o Facebook e o Instagram, aprovou uma série de anúncios manipulados por inteligência artificial (IA) que espalhavam desinformação e incitavam a violência religiosa durante as eleições na Índia. As informações são do jornal britânico The Guardian.
Segundo o veículo, os anúncios aprovados continham conteúdo supremacista hindu, com ataques à presença de muçulmanos na Índia e frases ofensivas, como “vamos queimar estes vermes” e “o sangue hindu está sendo derramado, estes invasores devem ser queimados”, além de um anúncio que pedia a execução de um líder da oposição falsamente acusado de desejar “apagar os hindus da Índia”, ao lado da imagem de uma bandeira do Paquistão.
Os conteúdos, baseados em falas reais de supremacistas indianos, foram submetidos à biblioteca de anúncios da Meta pelas organizações India Civil Watch International e Ekō para testar a capacidade de a plataforma detectar e bloquear conteúdo político com potencial de inflamar a sociedade e prejudicar as eleições, que duram seis semanas na Índia.
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Segundo o jornal The Guardian, dos 22 anúncios enviados à plataforma, 14 foram aprovados e outros três exigiram apenas pequenos ajustes para serem aprovados, apesar das mensagens que carregavam. As entidades acusam a Meta de ganhar dinheiro com a proliferação de discursos de ódio.
Em resposta ao jornal, a dona do Facebook e do Instagram afirmou que as pessoas são responsáveis por cumprir todas as leis aplicáveis ao veicular um anúncio sobre eleições e política, e que sempre remove conteúdos que ferem os padrões ou diretrizes da comunidade, independente de terem sido gerados por inteligência artificial ou por meio de outra tecnologia.