Mesmo com partido dividido, Biden planeja volta à campanha na próxima semana

Chefe da campanha de reeleição do democrata afirmou que o presidente está "absolutamente envolvido" na campanha, mas alas do partido pressionam por desistência

Reuters

O presidente dos EUA Joe Biden em Las Vegas - 15/7/2024 (Foto: Leah Millis/Reuters)
O presidente dos EUA Joe Biden em Las Vegas - 15/7/2024 (Foto: Leah Millis/Reuters)

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(Reuters) – O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, voltará à campanha na próxima semana, disse a chefe de sua campanha de reeleição nesta sexta-feira, mesmo com o presidente democrata enfrentando crescentes apelos para deixar a disputa.

“Ele está absolutamente envolvido”, afirmou a chefe da campanha de Biden, Jen O’Malley Dillon, em entrevista à MSNBC, apesar de várias autoridades democratas terem dito à Reuters na sexta-feira que os próximos eventos de campanha de Biden haviam sido cancelados.

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Um comitê do Partido Democrata se reunirá nesta sexta-feira para discutir um processo de votação virtual para antecipar a indicação oficial de Biden, de 81 anos, antes da convenção presencial do partido, que começa em 19 de agosto em Chicago.

Não está claro como o processo de indicação se desdobraria se Biden abandonasse sua candidatura à reeleição em meio a dúvidas sobre sua agudeza mental.

Biden está isolado desde que testou positivo para Covid nesta semana. As falas de O’Malley Dillon vêm depois de vários relatos de que Biden está agora levando a sério os apelos para se afastar. Várias autoridades democratas acreditam que uma saída é questão de tempo, informou a Reuters na quinta-feira.

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A reflexão de Biden é uma reviravolta, já que ele insistiu por semanas que permaneceria na corrida apesar dos apelos de pesos pesados de seu partido para ceder sua posição no topo da chapa democrata após um desempenho instável no debate de 27 de junho contra Donald Trump.

Trump, de 78 anos, aceitou a indicação do Partido Republicano esta semana em Milwaukee, discursando para uma plateia entusiasmada na quinta-feira.

Alguns democratas começaram agora a fazer propaganda aberta contra Biden. O Pass the Torch, um grupo que quer que Biden desista, lançou um anúncio de TV para ser veiculado em Washington e Rehoboth, Delaware, onde Biden costuma passar férias, e mostra eleitores democratas da Pensilvânia pedindo a Biden que “passe a tocha”.

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Para um partido já dividido, o voto virtual é outro ponto de controvérsia.

Críticos argumentam que é um meio de forçar Biden a se tornar o candidato oficial do partido. Outros, incluindo o presidente do Comitê Nacional Democrata, Jaime Harrison, dizem que é necessário lidar com uma lei de Ohio que poderia deixar o nome de Biden fora das cédulas de votação no Estado se ele não for indicado até 7 de agosto, antes da convenção em Chicago.

No entanto, o governador de Ohio, Mike DeWine, assinou um projeto de lei estendendo o prazo até 31 de agosto, o que significa que a nomeação oficial na convenção democrata ainda estaria em conformidade com a lei de Ohio.

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Espera-se que a reunião de sexta-feira mostre quais são os planos do partido para uma votação virtual e seu cronograma, o que revelaria quanto tempo resta até que Biden se torne oficialmente o candidato democrata para a eleição de 5 de novembro.