Manifestantes invadem prédio e Universidade de Columbia restringe acessos

Manifestantes invadiram o Hamilton Hall horas depois que a escola anunciou que ia começar a suspender estudantes como parte dos esforços "para garantir a segurança" do campus

Equipe InfoMoney

Estudantes no acampamento no campus da Universidade Columbia em protesto contra a guerra em Gaza - 
24/04/2024
(Reuters/Caitlin Ochs)
Estudantes no acampamento no campus da Universidade Columbia em protesto contra a guerra em Gaza - 24/04/2024 (Reuters/Caitlin Ochs)

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A Universidade de Columbia, em Nova York, fechou nesta terça-feira (30) seu campus, exceto para estudantes que residem no local e trabalhadores essenciais. A medida foi tomada após que manifestantes tomaram um prédio acadêmico e bloquearem a entrada com uma corrente humana.

Segundo a Reuters, os manifestantes invadiram o Hamilton Hall horas depois que a escola anunciou que começou a suspender estudantes “como parte da próxima fase de nossos esforços para garantir a segurança em nosso campus”.

O Hamilton Hall fica a uma curta caminhada de onde os manifestantes, que protestam contra a guerra de Israel em Gaza, mantêm um acampamento que há duas semanas é o epicentro dos protestos em todo o país. Pouco depois das 12h30 (horário local), estudantes invadiram o prédio e fizeram barricadas com cadeiras, mesas e lixeiras.

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Segundo comunicado da universidade, com efeito imediato, o acesso ao campus de Morningside foi limitado. O único ponto de acesso para dentro e para fora do campus é a na rua 116 e no portão Amsterdã. “Todos os outros pontos de entrada do campus estão fechados. Essa restrição de acesso permanecerá em vigor até que as circunstâncias permitam o contrário”, informa o comunicado.

Ontem, Minouche Shafik, presidente da Universidade de Columbia, havia assinado um outro comunicado, no qual alertou que os protestos deveriam obedecer a restrições de horário e local, uma vez que ruídos à noite estavam interrompendo o sono ou  a concentração de estudantes que se preparam para seus exames. “

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Os direitos de um grupo de expressar seus pontos de vista não podem vir à custa do direito de outro grupo de falar, ensinar e aprender”, defendeu Shafik.

Ela escreveu ainda que nos últimos meses o campus está agitado por divisões sobre a guerra em Gaza e que a direção buscou facilitar oportunidades para que alunos e professores se engajassem em um diálogo construtivo, “proporcionamos amplo espaço para que protestos e vigílias ocorressem de forma pacífica e sem interrupções na vida acadêmica”.

No entanto, ela advertiu que o acampamento criou um ambiente pouco acolhedor para muitos dos alunos e professores judeus. “Atores externos contribuíram para criar um ambiente hostil (…), especialmente ao redor de nossos portões, que é inseguro para todos – incluindo nossos vizinhos.”

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“Por todas as razões acima, pedimos aos que estão no acampamento que se dispersem voluntariamente”, conclui o aviso.

(Com Reuters)