Manifestação da oposição e último debate marcam a reta final da eleição no México

Disputa está em forte polarização; evento da oposição reuniu quase 100 mil pessoas na Cidade do México no domingo e debate foi marcado por acusações mútuas sobre crime e narcotráfico

Equipe InfoMoney

Manifestação da oposição no México , no El Zócalo, durante a campanha para as eleições de 2 de junho (Foto: Luis Cortes/Reuters)
Manifestação da oposição no México , no El Zócalo, durante a campanha para as eleições de 2 de junho (Foto: Luis Cortes/Reuters)

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O México chegou à reta final de sua eleição presidencial marcada para 2 de junho neste domingo, quando a oposição ao governo de Andrés Manuel López Obrador, conhecido como AMLO, reuniu quase 100 mil pessoas na Praça da Constituição, também chamada de El Zócalo, numa mobilização batizada de “Maré Rosa”. À noite, aconteceu ainda o 3º debate presidencial.

A reunião, convocada como um ato de “defesa da democracia” também serviu como apoio à candidata presidencial Xóchitl Gálvez, da coligação dos partidos PAN, PRI e PRD, a principal adversária de Cláudia Sheinbaum, candidata do partido governista Morena, que tem liderado as pesquisas.

Xóchitl, da coalização Força e Coração pelo México, agradeceu o apoio da ‘Maré Rosa’ e convocou o voto em 2 de junho “para mudar esses tempos de ódio, divisão e tristeza”. “Aqueles que se sentem invencíveis, lembrem-se: este povo sempre escolheu ser livre. Que nos ouçam dentro do Palácio Nacional: o México será sempre livre!”, bradou.

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Debate

No último debate presidencial, à noite, a polarização da disputa esquentou a temperatura Xóchitl voltou a dizer que os líderes do Morena e o próprio presidente AMLO têm supostas ligações com o narcotráfico ou o crime.

Já Cláudia Sheinbaum lembrou que PRI tem mais governadores foragidos e presos do que em cargos. Ela ainda disse que a oposição representa o passado de Genaro García Luna, das fraudes eleitorais, de massacres como o de 1968, de saques e privilégios.

Já o candidato do Movimento de Cidadãos (MC), Jorge Álvarez Máynez, tentou se distanciar desse tipo de debate. “Comigo não é preciso se preocupar com qual García é pior, se [Genaro] García Luna ou [Omar] García Harfuch”, disse.

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Quando o debate focou em políticas sociais, Sheinbaum disse que, para o partido Morena, isso se traduz em “bem-estar e felicidade das pessoas”, citando as 28 milhões de famílias mexicanas, 8 em cada 10, recebem apoio direto do governo.

Xóchitl, por sua vez, voltou a negar que pretendia acabar com esse apoio direto e não deixou de citar contradições no discurso da adversária. “Cláudia te ama, mas ela te quer pobre”, atacou.