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BERLIM (Reuters) – Mais de 30 mil pessoas, principalmente sírios, atravessaram do Líbano para a Síria nas últimas 72 horas, informou a agência de refugiados da ONU na sexta-feira (27), em meio à intensificação do conflito entre Israel e o Hezbollah.
Cerca de 80% das pessoas que fizeram a travessia eram sírios e cerca de 20% libaneses, disse Gonzalo Vargas Llosa, representante da ACNUR na Síria.
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Cerca de metade eram crianças e adolescentes, e os homens estavam fazendo a travessia em menor número do que as mulheres, segundo ele.
“Eles estão atravessando de um país em guerra para um país que enfrenta um conflito de crise há 13 anos”, disse Vargas Llosa em uma coletiva de imprensa em Genebra, chamando isso de uma escolha extremamente difícil. “Teremos que ver nos próximos dias quantos mais o farão.”
Ele afirmou que a ACNUR tem trabalhado com o governo da Síria e parceiros para reforçar a recepção e o processamento daqueles que chegam, e que a Síria estava permitindo a entrada de cidadãos libaneses por um tempo indeterminado, desde que eles tivessem algum tipo de documento mostrando seu nome.
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O Líbano é o lar de cerca de 1,5 milhão de sírios que fugiram da guerra civil em seu próprio país.
O ministro das Relações Exteriores de Israel rejeitou os apelos globais por um cessar-fogo com o grupo Hezbollah, apoiado pelo Irã, e o país prosseguiu com os ataques aéreos que, nesta semana, aumentaram os temores de uma guerra regional.
O conflito entre as forças israelenses e o Hezbollah, fortemente armado, é o pior em mais de 18 anos e faz parte da repercussão regional da guerra de Gaza.
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No total, mais de 200.000 pessoas no Líbano foram desalojadas pelo conflito, disse o coordenador humanitário da ONU no Líbano.