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A AP Moller-Maersk, segunda maior transportadora marítima global, está advertindo seus clientes para se prepararem para uma extensão da crise no Mar Vermelho para até o segundo semestre deste ano. O aviso foi dado por Charles van der Steene, presidente regional da Maersk North America, à rede CNBC.
“Infelizmente, não vemos nenhuma mudança no Mar Vermelho acontecendo tão cedo. As rotas de trânsito mais longas podem durar até o segundo e potencialmente o terceiro trimestre. Os clientes precisarão ter certeza de que terão um tempo de trânsito geral mais longo integrado em sua cadeia de suprimentos”, disse na entrevista.
A Maersk começou em janeiro a reduzir e depois interrompeu totalmente as viagens pelo Mar Vermelho e o Golfo de Aden, sem previsão de retorno, após o aumento dos ataques à navegação comercial feitos por militantes Houthis sediados no Iêmen e apoiados pelo Irã.
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A companhia manteve sua posição de cautela mesmo com a operação militar Guardião da Prosperidade, liderada pelos Estados Unidos, que passou a proteger embarcações e a realizar ataques cirúrgicos a bases dos rebeldes na região.
Assim como outras companhias, a Maersk optou por totas maiores, contornando a África pelo Cabo da Boa Esperança, o que aumento o tempo dos transportes e, consequentemente, os custos.
Para manter o fluxo comercial, Steene disse que a Maersk adicionou cerca de 6% de capacidade extra de navios à sua programação, elevando seus custos operacionais. Durante a sua recente teleconferência de resultados, os executivos da Maersk assinalaram “elevada incerteza” nas suas perspectivas de lucros para 2024, citando as perturbações no Mar Vermelho e o excesso de oferta de navios de transporte.
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“As empresas dos EUA estão preocupadas com o prazo de entrega. As decisões dos comerciantes são baseadas em quão confiável e consistente será sua cadeia de suprimentos nos próximos três, seis, 12 ou 24 meses”, afirmou.