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A mãe e um dos advogados do líder da oposição russa Alexei Navalny, que morreu numa prisão na região do Ártico na última sexta-feira (16), tiveram negado o acesso ao corpo do ativista político pelas autoridades nesta segunda-feira (19), informam as agências de notícias internacionais.
Aliados de Navalny acusam o governo de tentar esconder provas, enquanto o regime de Vladimir Putin insiste que que ainda não há resultados nas investigações sobre as circunstâncias da morte.
A porta-voz de Navalny, Kira Yarmysh, disse que à AP que o Comitê de Investigação, a principal agência de investigação criminal do país, informou Lyudmila Navalnaya que a causa da morte de seu filho permanecia desconhecida e que a investigação oficial havia sido prorrogada. “Eles mentem, ganham tempo para si mesmos e nem escondem isso”, postou Yarmysh na rede X, antigo Twitter.
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Segundo a BBC, pelo menos 90 pessoas foram presas apenas em Moscou e São Petersburgo após protestos em nome de Navalny no final de semana, citando dados da organização de direitos humanos OVD-Info.
Em Moscou, 20 pessoas foram condenadas a vários períodos de prisão – variando de um a nove dias – e duas pessoas foram multadas em 10.000 rublos (cerca de US$ 108).
Os tribunais de São Petersburgo condenaram 63 pessoas à prisão, tendo três dessas pessoas recebido multas de 10.000 rublos e outras três multas de 15.000 rublos. Um indivíduo recebeu 40 horas de trabalho obrigatório.
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Horas depois da morte de Navalny, na sexta-feira, o Ministério Público russo alertou os cidadãos contra a concentração em protestos em massa. Desde então, a polícia deteve mais de 350 pessoas em mais de 30 cidades em toda a Rússia.