Maduro rejeita negociar com oposição e chama María Corina de fugitiva e terrorista

O presidente da Venezuela esteve no Supremo Tribunal de Justiça, onde pediu mais uma vez, para que os resultados apresentados pelo Conselho Nacional Eleitoral sejam validados

Equipe InfoMoney

Publicidade

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, rejeitou na última sexta-feira (9) qualquer negociação com a líder da oposição, María Corina Machado, a quem chamou terrorista e “fugitiva da justiça”.

O presidente da Venezuela esteve no Supremo Tribunal de Justiça, onde pediu mais uma vez, para que os resultados apresentados pelo Conselho Nacional Eleitoral sejam validados. O órgão soberano que valida os resultados não publicou as atas, algo que tem sido sistematicamente pedido pela oposição e por uma larga maioria de países do mundo.

Três desses países são o Brasil, o México e a Colômbia. Numa declaração conjunta, exigiram que sejam mostradas todas as atas de todas as assembleias de voto. Maduro disse que está “pendente” uma conversa com os países.

LISTA GRATUITA

Ações Fora do Radar

Garanta seu acesso gratuito a lista mensal de ações que entregou retornos 5x superior ao Ibovespa

A autoridade eleitoral da Venezuela, que segundo os opositores é um apêndice do governo, disse que Maduro ganhou a eleição. A oposição atribui o triunfo ao seu candidato, Edmundo González. Mas o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) ainda não divulgou informações detalhadas e seu site está fora do ar desde a madrugada de 29 de julho. 

Brasil, Colômbia e México disseram em um comunicado conjunto na quinta-feira que é “fundamental” que o CNE apresente os resultados das eleições discriminados por mesa de votação e que não consideram o Tribunal Supremo de Justiça como uma via de solução. 

Maduro disse que a conversas com os presidentes de Brasil, Colômbia e México está “pendente” e espera que “aconteça”. 

Continua depois da publicidade

“Eu estou perto do telefone 24 horas por dia, todos os dias, quando quiserem falar, e, portanto, está pendente, vamos ver quando eles ligam”, disse Maduro, observando que esperou pelo telefonema na segunda-feira, mas não foi possível. 

Em meio à disputa eleitoral, Maduro apresentou um recurso de amparo na semana passada ao Tribunal Supremo de Justiça para a verificação dos resultados. 

As autoridades eleitorais emitiram declarações apenas sobre a quantidade total de votos obtidos por Maduro e González e sobre os eleitores, sem mais informações. O governo denuncia um ataque ao sistema informático do conselho eleitoral, o que teria atrasado a divulgação das atas de votação. 

Continua depois da publicidade

O Tribunal Supremo convocou os candidatos das eleições nesta semana. González não compareceu e disse nas redes sociais na quarta-feira que, se fosse, ficaria “vulnerável” e colocaria “em risco sua liberdade e a do povo venezuelano”. A presidente da corte, Caryslia Rodríguez, disse que houve um desacato à convocação. 

Representantes da coalizão de organizações políticas que apoiou o candidato opositor foram ao TSJ solicitar que o organismo eleitoral publicasse a informação. 

Maduro disse que a ausência de González no tribunal é “escandalosa” porque “não reconhece” a instituição. 

Continua depois da publicidade

(com agências internacionais e Reuters)